A diretoria confirmou a tendência e deu novo voto de confiança a Dorival Júnior. A reunião realizada com o técnico, na tarde desta quinta-feira, antes do treino no CT da Barra Funda, serviu para o comandante ouvir cobranças por ajuste e real evolução do São Paulo em campo, mas ele segue no cargo para a partida contra a Ferroviária, neste domingo, no Morumbi.
A conversa entre Dorival e dirigentes é um costume dos dias seguintes aos jogos, mas, nesta quinta-feira, o tom foi mais duro. A derrota para o Ituano, nessa quarta-feira, foi a segunda seguida, e a quarta em oito rodadas do Campeonato Paulista. Ficou claro para a diretoria que a equipe, que chegou a vencer quatro seguidas recentemente, está longe de agradar e até de mostrar a evolução tão apontada pelo treinador.
Foi debatido como tem sido prejudicial a encruzilhada do técnico entre manter suas convicções táticas, aliados aos anseios de usar mais as categorias de base, e escalar os reforços trazidos pela diretoria. Raí, diretor executivo de futebol, se mostrou um dos principais motivos que seguram Dorival, que tem contrato com o clube até o final do ano.
Raí não pretende mostrar que cede aos protestos de torcedores, que receberam a delegação na volta de Itu na última madrugada tendo a demissão de Dorival como principal reivindicação. O diretor ainda acredita que uma mudança no comando neste momento pode não ser benéfica.
Com o técnico garantido, o discurso virou o de vencer de qualquer forma para afastar a crise. O time treina sema presença da imprensa nesta tarde e, antes de a atividade começar, o São Paulo publicou em seu site oficial declarações de jogadores cientes de que o momento não é de pedir paciência.
- Temos de ter personalidade, não tem mais menino aqui e sabemos da pressão. Se entramos nessa situação, só nós podemos sair. O psicológico é muito importante e precisamos ter confiança. Tem de treinar a cabeça, o psicológico. Saber jogar bola a gente sabe, mas temos de mostrar para ter o torcedor ao nosso lado - disse Marcos Guilherme.