O técnico Dorival Júnior saiu satisfeito de Salvador, onde o São Paulo superou o Vitória por 2 a 1 neste domingo e respirou no Campeonato Brasileiro. O comandante voltou a negar que o grupo estava rachado, por conta de um atrito entre Rodrigo Caio e Cueva, e acredita que o grupo está cada vez mais fechado em tirar o clube da situação difícil.
- Tivemos um caso isolado, foi pedido desculpas. O grupo está do mesmo jeito. As pessoas falam de grupo rachado, que grupo rachado? Estamos nos apegando a tudo. Isso aí é explorado de uma maneira que não é realidade dos fatos. Teve algo, foi conversado, são homens. Daí para grupo rachado, tem uma distância muito grande. Vocês estão vendo como eles estão se entregando nos treinamentos, as comemorações, isso aí mostra bem como está o grupo do São Paulo. Não é o contexto de antes, ao contrário. Existe unidade muito grande e que saiamos disso - afirmou o treinador.
Dorival também exaltou Cueva. O meia peruano saiu do banco de reservas no intervalo para ser decisivo a favor do Tricolor. Cobrou escanteio para o gol de Militão e depois fez o seu, também após cobrança de escanteio que teve desvio. O técnico disse que não desistirá do camisa 10, que vivia má fase.
- Cueva é um jogador, já dizia vocês, importante. Não dá para abrir mão de um jogador com essas características. Ele é diferenciado, está interessado em buscar sua melhora. Espero que ele continue trabalhando como ele vem trabalhando. É tudo de trabalhar essa situação - afirmou.
O comandante também falou sobre a torcida, a preparação para o clássico contra o Corinthians e a atuação diante do Vitória. Confira outros trechos:
Time de guerreiros?
O que a torcida do São Paulo tem feito vai na contramão de tudo que vi na minha carreira. Em um momento como esse, todas as equipes seriam pressionados, e não é o que estou vendo, eles tem ações contrárias. Por isso temos de estar cada vez mais preocupados nos abraçar cada dia mais, que passamos mais confiança aos torcedores. Passamos todos os aspectos do que é torcer, passar o incentivo a todo momento.
Preparação para o clássico
É uma preparação diferente, não sei. Para nós todo jogo tem sido uma decisão. É rodada a rodada, ponto a ponto. Um jogo fundamental, porém uma vitória não nos deixará tranquilos nem a derrota nos deixará em desespero. Temos de estar pontuando sempre, e o São Paulo precisa correr atrás, porque o que tinha de errar, já errou. Por isso o espírito que vi aqui hoje é um sinal muito claro de que alguma coisa está mudando.
Teme que reação seja freada?
Vejo hoje uma equipe mais preparada e consciente. Pode acontecer qualquer coisa no domingo, mas vamos nos preparar muito, vejo os jogadores muito mais preocupados e interessados com o momento do clube.
Partida
Resultado importante pela maneira como foi construído, desde o início, tomando iniciativa, com jogadas criadas. Isso mostra que estamos começando a caminhar. Natural que quando se tem um resultado, queira defendê-lo de todas as formas. Trabalhamos a bola e saímos em cinco contra-ataques decisivos. Tomamos gol que tornou o jogo dramático. É o momento que vivemos que ainda puxamos alguma coisa negativa. Acabamos sofrendo e passamos sofrendo sem necessidade. Tivemos méritos de suportar tudo isso.
Militão
Vinha trabalhando bem há algum tempo, jogou como volante contra o Cruzeiro, judiação ele não ter conseguido ter dado a dinâmica dos treinos. Defensivamente se comportou bem. Como lateral ganhamos consistência. Tem características boas para jogar por dentro e por fora. Temos que ter os pés no chão. Nosso trabalho ainda será árduo. Vamos trabalhar rodada a rodada ponto a ponto.