Neste domingo, o São Paulo venceu o Linense, lanterna do Campeonato Paulista, fora de casa, graças a gol de Rodrigo Caio, já aos 47 minutos do segundo tempo. E Dorival Júnior sai de Lins não só defendendo Diego Souza, enfim usado sem ser a referência no ataque, como indicando que o triunfo por 2 a 1 fez justiça ao que foi visto dentro de campo.
- O São Paulo procurou muito mais o gol. Tentamos de todas as formas. O Linense se defendeu bem, mas fomos felizes praticamente no último lance. Foi um jogo muito franco. Felizmente, tivemos o resultado positivo pelo que tentamos produzir ao longo de todo jogo - comentou o técnico, que atingiu a segunda vitória consecutiva e se nega a se sentir tranquilo.
- Não tem alívio. A preocupação é frequente e constante. É natural que os resultados, às vezes, escondem muitas coisas. Já fomos derrotados fazendo grandes jogos, e já vencemos sem fazer uma partida tão boa. Queremos equilíbrio, é o que buscamos e espero que tenhamos isso o mais rápido possível, para termos uma sequência de resultados.
Em relação a Diego Souza, que virou reserva desde quarta-feira, Dorival aprovou a entrada do camisa 9 mais solto no segundo tempo deste domingo, com Brenner mantido como referência. E avisou que era seu objetivo liberar o ex-jogador do Sport da obrigação de ficar mais tempo dentro da área.
- Trabalhamos pouco tempo com o Diego, apenas sete dias. Ele executava uma função que não queríamos. Eu o queria flutuando, com liberdade, sem obrigação de ficar dentro da área, com a liberdade que teve hoje. O Brenner estava um pouquinho adiantado, mas também tinha obrigação de buscar. Queremos tirar aquela condição de 9. Em momento nenhum falei que o Diego seria um 9.
Confira outros temas abordados por Dorival em sua entrevista neste domingo:
Melhora do time
É a busca que todos queremos. Com pouco tempo de trabalho, não podemos corrigir. Chegaremos de madrugada já pensando em recuperar para o jogo de meio de semana. E espero que isso não pare até a Copa do Mundo. Em razão de tantas competições, temos de acelerar. Sinto a equipe se dedicando, se desgastando, e a necessidade de recuperação rápida.
Análise do jogo
Tivemos um primeiro tempo mais consciente, trabalhado. No futebol, com a mesma velocidade que você chega ao ataque, sofre o contra-ataque. No futebol, eventualmente pode ter jogada aguda para surpreender, mas, na maioria das vezes, é jogada trabalhada, de pé em pé, triangulação, passagem, como no primeiro gol. É o que queremos. Não vou me tornar repetitivo e chato com a falta de tempo, porque não tem como. Vamos trabalhar para ter evolução. Com mais treino, talvez estivéssemos em outra condição.
Tabu no Allianz Parque
Queremos uma equipe consistente para ter resultado. Para quinta, queremos recuperar todos que estão com princípio de lesão e ter força máxima nesse difícil compromisso. Respeito números, mas confio no que podemos produzir e que podemos fazer o que o torcedor quer. Seria importante vencer no Allianz, muito importante, mas estamos buscando vencer o campeonato.