‘Eficiência de Cueva e poder de reação facilitam trabalho de Ceni’

Peruano dá uma assistência ou faz um gol a cada duas partidas, enquanto o estigma de time sem alma vai caindo com apenas seis partidas na temporada

imagem cameraGUILHERME DIONIZIO/Photo Press
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 16/02/2017
00:22
Atualizado em 16/02/2017
15:26
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O São Paulo emplacou a terceira vitória consecutiva na temporada, algo que não foi atingido em todo 2016 pela equipe. Já alcançou duas viradas, marca alcançada somente em outubro no ano passado. E, em jogos oficiais, venceu fora de casa logo na segunda tentativa, enquanto na temporada passada isso só aconteceu em 15 de maio. Elementos que mostram o novo perfil da equipe.

Edgardo Bauza foi contratado, por exemplo, para tirar a fama de time sem alma que predominava até 2015. A equipe até tornou-se cascuda, mas os resultados não apareciam. Era preciso sofrer para ganhar, empatar, marcar um gol. Rogério Ceni chegou sem discursos sobre raça e com um objetivo muito mais difícil, de implantar um sistema de jogo ofensivo, mas tem feito as duas coisas.

Até porque, para conseguir sufocar um rival, com marcação alta e recuperação de bola rápida, é preciso muito empenho, muita entrega. Algo que não faltou ao buscar dois gols de diferença para o Osasco Audax (apesar da derrota), ao virar sobre a Ponte Preta construindo goleada no Morumbi e reagindo como não acontecia na Vila Belmiro desde 2009.

A dedicação dos atletas, que compraram as ideias de Ceni, ajudou o técnico desde os primeiros treinos da pré-temporada, mas ainda havia preocupação com a falta de efetividade do time. E é aí que aparece a referência técnica do elenco, personificada em Christian Cueva. O peruano foi titular nas seis partidas do ano, marcou dois gols e deu duas assistências.

E tem sido assim desde sua chegada. A cada dois jogos, o agora camisa desequilibra com gols ou com passes para que eles saiam - no total, são nove tentos e oito assistências. Há ainda espaço para elogiar sua versatilidade: atuou aberto pela esquerda, pela direita, centralizado, mais recuado e, nos últimos três jogos, como "falso 9". Livre, leve e solto para desequilibrar.

O time, assim, tende a se apegar menos a posições, e sim a funções. Gilberto é o centroavante? Sim, mas marca pela direita. Thiago Mendes é o meio-campista mais à direita? Sim, mas não impede que ele apareça criando pelo meio. Cícero e João Schmidt revezam na obrigação de buscar a bola com os zagueiros, que estão cada vez mais presentes na articulação das jogadas. Enfim, um time.

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