A conquista da vaga na decisão do Campeonato Paulista de 2019 ampliou a larga supremacia do São Paulo sobre o Palmeiras em mata-matas. O Tricolor já eliminou o adversário de 13 competições oficiais ao longo da história e só foi eliminado pelo rival em três ocasiões.
Luiz Felipe Scolari, conhecido por suas conquistas em copas com o Verdão, foi derrotado em todas as quatro vezes em que o Tricolor cruzou seu caminho em torneios deste tipo.
Outro dado curioso é que o São Paulo já eliminou o rival em cinco estádios: Allianz Parque, Palestra Itália, Morumbi, Canindé e Brinco de Ouro da Princesa.
Veja todos os mata-matas entre os dois rivais:
Paulistão 2019
Após dois empates sem gols, um no Morumbi e outro no Allianz Parque, o São Paulo de Cuca venceu por 5 a 4 nos pênaltis e avançou à final estadual. Curiosamente, o clube segue sem vencer partidas na arena do rival: agora são sete derrotas e um empate. Foi a quarta vez que Felipão perdeu um mata-mata pelo Palmeiras contra o Tricolor.
Paulistão 2008
O São Paulo de Muricy Ramalho largou na frente com uma vitória por 2 a 1 no Morumbi, gols de Adriano, mas foi derrotado por 2 a 0 no antigo Palestra Itália e ficou fora da decisão estadual - o Palmeiras de Vanderlei Luxemburgo seria campeão contra a Ponte Preta. O jogo decisivo ficou marcado pelo gás atirado no vestiário dos visitantes.
Libertadores 2006
Após empate por 1 a 1 no Palestra Itália, o São Paulo venceu por 2 a 1 no Morumbi, com gols de Aloísio e Rogério Ceni (de pênalti), e avançou às quartas de final. Aquele era o terceiro encontro entre os dois em mata-matas de Libertadores, todos com classificação tricolor. Os técnicos naquela ocasião eram Muricy Ramalho e Marcelo Villar.
Libertadores 2005
O time que conquistaria o tricampeonato da América para o São Paulo passou com certa facilidade pelo Palmeiras nas oitavas de final: 1 a 0 no Palestra Itália, com golaço de Cicinho, e 2 a 0 no Morumbi, com mais um de Cicinho e outro de Rogério Ceni. Paulo Autuori era o treinador do Tricolor e Paulo Bonamigo dirigia o Verdão.
Superpaulistão 2002
O São Paulo de Oswaldo de Oliveira fez 2 a 0 no jogo de ida, no Anacleto Campanella, com gols de Reinaldo e Fábio Simplício, e empatou por 2 a 2 na volta, no Canindé, com gols de Fábio Simplício e Sandro Hiroshi. Curiosamente, Nenê, hoje no Tricolor, fez um dos gols do Palmeiras de Vanderlei Luxemburgo. O Tricolor avançou à decisão e foi campeão em cima do Ituano.
Rio-São Paulo 2002
Os rivais empataram as duas partidas das semifinais no Morumbi: a primeira por 1 a 1 e a segunda por 2 a 2. O São Paulo se classificou por ter recebido menos cartões amarelos que o rival. Rogério Ceni, para variar, deixou sua marca na segunda partida, e Gustavo Nery marcou o gol da classificação a nove minutos do fim. Nelsinho Baptista dirigia o São Paulo e Luxemburgo estava à frente do Palmeiras.
Brasileiro de 2000
A segunda vez que o Palmeiras venceu um mata-mata contra o São Paulo na história foi nas oitavas de final daquele Brasileirão, à época chamado de Copa João Havelange. Após empate por 1 a 1 no Pacaembu, os alviverdes, comandados por Marco Aurélio, venceram os são-paulinos por 2 a 1 no Morumbi. O Tricolor era dirigido por Levir Culpi.
Copa do Brasil 2000
Foi a terceira queda de Felipão diante do São Paulo. No jogo de ida das quartas de final, França e Raí marcaram os gols da vitória são-paulina por 2 a 1 no Morumbi. No Palestra Itália, Raí marcou de letra e o Tricolor de Levir Culpi venceu de novo: 3 a 2 - Vagner e Sandro Hiroshi fizeram os outros. O São Paulo foi até a final e perdeu para o Cruzeiro.
Paulistão 1998
Mais uma queda de Felipão. O São Paulo venceu as duas partidas daquela semifinal no Morumbi: 2 a 1 na ida, com gols de Denilson e Dodô, e 3 a 1 na volta, com dois de França e um gol contra do lateral Rogério. O time de Nelsinho Baptista avançou para pegar o Corinthians na final - e ser campeão.
Rio-São Paulo 1998
A decisão da vaga na final foi nos pênaltis. O Palmeiras venceu o jogo de ida, no Pacaembu, por 2 a 1. No Brinco de Ouro, em Campinas, Dodô marcou e o São Paulo de Nelsinho Baptista fez 1 a 0. Nas cobranças da marca da cal, Rogério Ceni classificou os tricolores: 3 a 2. Foi a primeira queda de Luiz Felipe Scolari em mata-matas contra o rival do Morumbi.
Libertadores 1994
São Paulo e Palmeiras tinham esquadrões naquele ano. No jogo de ida das oitavas de final, no Pacaembu, Zetti fez uma série de grandes defesas e garantiu o empate sem gols. Na volta, no Morumbi, Euller marcou os dois gols da vitória são-paulina por 2 a 1. Nos bancos de reservas, estavam Telê Santana (pelo São Paulo) e Vanderlei Luxemburgo (pelo Palmeiras).
Ramón de Carranza 1993
Em Cádiz, na Espanha, o Palmeiras venceu o São Paulo de virada por 2 a 1 e avançou à decisão do torneio amistoso - foi campeão nos pênaltis contra o Cádiz. Essa partida ficou marcada por uma discussão entre Telê e Luxemburgo, que teriam uma grande rivalidade nos anos seguintes.
Paulistão 1992
O São Paulo de Telê Santana venceu os dois jogos da final do Paulistão daquele ano, ambos no Morumbi: 4 a 2 na ida, com três gols de Raí e um de Cafu, e 2 a 1 na volta, gols de Muller e Toninho Cerezo. Entre as duas partidas, o Tricolor foi até o Japão, venceu o Barcelona e foi campeão mundial. O técnico do Palmeiras era Otacílio Gonçalves.
Paulistão 1987
Após empate sem gols no jogo de ida, o São Paulo de Cilinho venceu a volta por 3 a 1, gols de Muller (duas vezes) e Neto, e avançou para a decisão do Paulistão. As duas partidas foram no Morumbi.
Paulistão 1978
A semifinal de 1978 aconteceu só em junho de 1979, graças a uma confusão no regulamento. O São Paulo de Rubens Minelli venceu por 1 a 0, gol de Serginho Chulapa, já perto do fim da prorrogação no Morumbi, e se classificou para a decisão contra o Santos - ficou com o vice.
Paulistão 1977
Os rivais se enfrentaram em jogo único na semifinal do primeiro turno estadual. No Morumbi, o São Paulo de Rubens Minelli venceu por 3 a 1, gols de Teodoro, Zé Sérgio e Pedro Rocha.