Eliminado precocemente da Copa Sul-Americana, o São Paulo viverá, até o fim da temporada, uma realidade incomum do futebol brasileiro: a disponibilidade de tempo para treinar. Focado na conquista do heptacampeonato nacional, o Tricolor terá uma média 5,3 dias por jogo até o fim do Brasileirão.
Restando 107 dias para o término da temporada do futebol no país, o time de Diego Aguirre tem pela frente mais 20 jogos, enquanto alguns de seus adversários diretos pela ponta da tabela, como Flamengo, Palmeiras e Grêmio, têm compromissos pela Copa do Brasil e Copa Libertadores e podem fazer até mais do que 30 partidas até o fim do ano.
Acostumado a lidar com um calendário apertado, São Paulo não terá motivos para reclamar do problema. A comissão técnica liderada pelo Diego Aguirre terá à sua disposição uma vantagem valiosa em relação aos seus concorrentes, que certamente terão menos tempo livre para treinarem.
Diante do contexto, o elenco da equipe do Morumbi tem plena consciência de que não pode deixar o Brasileirão escapar. Por isso, o discurso já está na ponta da língua de cada um dos atletas tricolores: daqui em diante, cada um dos 20 jogos da equipe é uma decisão.
- Cada jogo é uma final, independentemente de contra quem seja. Agora é a Chapecoense em casa. É mais uma final do Brasileiro e tenho certeza de que a nossa equipe está focada. Veio aqui na Argentina, fez uma excelente partida, e infelizmente foi eliminada nos pênaltis - afirmou o lateral Reinaldo, referindo-se ao duelo do próximo domingo contra a equipe de Chapecó.
Mas, antes que o tempo passe a valer como uma vantagem para os tricolores, a delegação terá de enfrentar uma maratona antes de duelar com a Chapecoense, no encerramento do primeiro turno do Brasileirão. Depois de ser eliminado para o Colón, na noite de quinta, o São Paulo desembarca na capital paulista na manhã desta sexta e treina no CT da Barra Funda pela tarde.