L! Espresso: São Paulo mirou o renascimento, mas volta à estaca zero

O Tricolor é o time de um futuro que ainda não cabe no calendário

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O Fortaleza saiu com a vaga para as semifinais da Copa do Brasil porque, acima de tudo, teve vontade. Desde os primeiros lances contra o São Paulo, o Leão não fugiu de uma dividida, não desistiu de uma bola e não teve medo de buscar o ataque para garantir a classificação.

Mas não é só isso: o Fortaleza é hoje um time muito bem treinado por Juan Pablo Vojvoda, que também faz campanha invejável no Campeonato Brasileiro.

Do outro lado, um São Paulo que já pisou no Castelão sob a sombra da derrota. Horas antes do confronto, a diretoria publicamente refutou os rumores e garantiu a permanência de Hernán Crespo antes mesmo da bola rolar. A decisão é acertada, claro, mas deixou ainda mais à mostra a turbulência que sacode mais uma vez os bastidores do Morumbi.

O Tricolor começou o ano conquistando o Paulistão e encerrando um jejum de títulos. Mas de lá para cá só sobraram frustrações e situações constrangedoras: sucessivas lesões, falhas graves de um goleiro sem confiança, eliminação para o Palmeiras na Libertadores e a recente ruptura do vínculo com Daniel Alves, o camisa 10 a quem o clube deve R$ 18 milhões.

O que restou agora é uma luta indigna contra o rebaixamento no Brasileirão, algo inimaginável após o animador início de temporada. O que poderia ser um ano de renascimento deve terminar com a sensação de um velho e conhecido roteiro. O São Paulo, ainda cambaleando em sua crítica condição financeira, é o time de um futuro que ainda não cabe no calendário.

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