Falta de confiança, orçamento curto… Os desafios de Crespo no São Paulo
Técnico argentino chega no Tricolor com um elenco com a moral baixa, pressão por conquistas e pouco dinheiro para trazer reforços de impacto para a temporada
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O técnico argentino Hernán Crespo acertou com o São Paulo para comandar a equipe pelas próximas duas temporadas. O ex-jogador, de 45 anos, desembarcará em solo brasileiro na próxima semana com muitos desafios pela frente no comando do Tricolor.
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O LANCE! lista alguns desses desafios que Crespo e a sua comissão técnica terão para recolocar o São Paulo no caminho das vitórias.
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ORÇAMENTO APERTADO PARA REFORÇOS
O principal deles será o orçamento apertado que o clube terá para trazer reforços para o elenco. De acordo com o orçamento do São Paulo, somente R$ 37 milhões serão em investimentos, seja na formação de atletas e aquisição dos direitos econômicos de novos jogadores. No entanto, a venda do atante Brenner, com valores aproximados de R$ 80 milhões pode ajudar nesse tema.
Crespo terá a missão de construir uma equipe competitiva, mas de poucos gastos na já inchada folha salarial e orçamento reduzido. No entanto, o argentino é reconhecido por fazer bons trabalhos em clubes nesta situação.
USO DA BASE SERÁ ESSENCIAL
Em crise financeira, o uso da base na temporada será primordial para o sucesso do São Paulo na temporada. Conforme dito acima, o clube não tem muito dinheiro em caixa para trazer jogadores.
Crespo terá que pinçar talentos de Cotia para conseguir montar uma boa equipe e colher bons frutos na temporada. Nesse quesito, a diretoria formada pelo diretor Carlos Belmonte Sobrinho, o executivo Rui Costa, o coordenador Muricy Ramalho e o diretor de base Marcos Biasotto será essencial.
ELENCO COM MORAL BAIXA
A parte psicológica também terá que ser um fator de atenção. Antes da virada do ano, o São Paulo era líder do Brasileirão, com sete pontos de vantagem, mas viu o rendimento despencar e ficar ameaçado até da vaga na fase de grupos da Libertadores. Até agora, são sete jogos em 2021, com quatro derrotas e três empates.
Nesse meio tempo, a torcida realizou protestos no CT da Barra Funda e até chegou a atacar um ônibus que levava a delegação para o jogo diante do Coritiba. O técnico Fernando Diniz foi demitido e a pressão, que já era enorme, caiu nas costas de líderes do elenco, como o meia Daniel Alves e o goleiro Tiago Volpi, que inclusive falhou no último jogo, no empate contra o Ceará.
PRESSÃO PARA O FINAL DA FILA DE TÍTULOS
Sem conquistar nenhum troféu desde 2012, quando foi campeão da Sul-Americana, o São Paulo vive em pressão constante para dar fim a fila que já dura quase nove anos. Acostumado a um passado vitorioso, quando conquistou os Brasileiros de 2006, 2007 e 2008, o torcedor são-paulino quer ver o time erguer mais uma taça.
Nesse tempo sem títulos, passaram dois presidentes no clube: Carlos Miguel Aidar e Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco. O São Paulo até fez boas campanhas, como no Paulistão de 2019, que chegou na final, mas acabou perdendo para o Corinthians, na Copa do Brasil deste ano, quando parou nas semis para o Grêmio, e até neste Brasileiro, chegando a liderar por muito tempo a competição.
NOVA DIRETORIA
O ano começou com a troca de presidência no São Paulo. Leco saiu para dar lugar a Julio Casares, que venceu Roberto Natel nas eleições presidenciais do Tricolor. Pautado em uma gestão transparente, Casares até fez boas ações fora de campo, mas dentro das quatro linhas o time vive em má fase.
Desde que ele assumiu, a equipe não venceu. Além disso, a diretoria passou por profundas trocas, como a saída do gerente Alexandre Pássaro e do diretor Raí. Daniel Alves, inclusiva, chegou a falar em entrevista coletiva, que ficou chateado com a saída de Pássaro da diretoria. Entre as caras novas, chegaram o diretor Carlos Belmonte Sobrinho, o executivo Rui Costa, o coordenador Muricy Ramalho e o diretor de base Marcos Biasotto.
Resta saber se o argentino Crespo irá conseguir administrar todos esses entraves para, enfim, levar o São Paulo a uma conquista novamente.
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