Considerada uma das prioridades da diretoria do São Paulo para a próxima temporada, a renovação de João Schmidt passou a se arrastar nos últimos dias. O próprio volante chegou a dizer que as tratativas estavam avançadas, mas até agora não respondeu oferta feita pelo Tricolor e elogiada inclusive por seus empresários, os ex-jogadores Luizão e Deco.
O vínculo atual de João termina em 30 de junho de 2017. Assim, a partir de janeiro, ele está livre para assinar pré-contrato com qualquer equipe. O volante se firmou no elenco profissional pela primeira vez neste ano, quatro temporadas após ser promovido, e completou 50 jogos na última quinta-feira contra o Grêmio, no Morumbi - ainda deu assistência para Chavez marcar.
E é justamente essa dificuldade de afirmação na equipe principal que faz o jogador de 23 anos ter receio em continuar no São Paulo. Edgardo Bauza e Ricardo Gomes foram os primeiros a darem sequências ao marcador, preterido por Muricy Ramalho e Juan Carlos Osorio, por exemplo. Entre 2014 e 2015, foi emprestado ao Vitória de Setúbal (POR) e teve bom desempenho.
Para fazer o camisa 15 mudar de ideia, os dirigentes do Tricolor têm usado um exemplo do passado recente do clube. O diretor-executivo Marco Aurélio Cunha cita o tempo todo o trabalho que fez para Hernanes, hoje na Juventus (ITA) e com uma Copa do Mundo disputada no currículo, se firmar entre os profissionais. De 2005 a 2007, o volante alternou empréstimos, retornos à base e atuações por uma equipe "super 20" no São Paulo.
Luizão e Deco também tentam passar confiança para o atleta, autor de dois gols nesta temporada e que por pouco não foi emprestado ao Avaí em fevereiro. Bauza, então, conseguiu convencê-lo a ficar e o tornou titular. A diretoria tricolor admite que o salário de João agora está defasado e assegura que a nova oferta é vantajosa.