O atacante uruguaio Gonzalo Carneiro, do São Paulo, foi punido com dois anos de suspensão pelo TJD-AD (Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem), em Brasília, por ter sido flagrado em exame antidoping realizado durante o Campeonato Paulista por uso de cocaína
A pena podia chegar a quatro anos de gancho, mas já se esperava que fosse de dois anos - foi o que aconteceu com Diogo Vitor, do Santos, que também testou positivo para cocaína e depois teve a suspensão reduzida para 18 meses.
A tendência é de que a defesa de Gonzalo Carneiro recorra da decisão e tente reduzir a pena, assim como ocorreu com o santista. É preciso entrar com o recurso em até 21 dias.
O uruguaio fez o primeiro exame em 16 de março, após uma derrota por 1 a 0 para o Palmeiras, no Pacaembu, e jogou pela última vez em 14 de abril, quando foi titular na primeira partida da final estadual contra o Corinthians. Depois de ser notificado, ele não treinou mais com o elenco no CT da Barra Funda. Como a suspensão começa a contar a partir da data da coleta, ele já cumpriu sete meses.
Gonzalo Carneiro está afastado preventivamente desde abril e teve seu contrato, válido até março de 2021, suspenso pelo São Paulo após o exame de contraprova confirmar a presença de benzoilecgonina, um metabólito da cocaína, em seu organismo.
O clube, no entanto, segue em contato com o atleta e seu estafe. Havia, inclusive, um advogado do São Paulo acompanhando o julgamento desta quinta.
O jogador, que dava sinais de depressão mesmo antes do exame positivo, está morando no Uruguai e veio ao Brasil para participar do julgamento.