Como sempre rendendo ótimas entrevistas, Hernanes mais uma vez reforçou essa fama e nesta tarde falou com o programa Seleção SporTV, diretamente do CT da Barra Funda, sobre alguns temas relacionados ao São Paulo, dentro e fora de campo, sua condição física nesta temporada, o futebol brasileiro e o relacionamento com o técnico Cuca. Confira alguns trechos abaixo.
100% PARA JOGAR
- Eu quero estar em campo desde o início. Neste começo, tem sido assim (no banco), mas já estou completamente apto em todos os aspectos físicos e técnicos para poder jogar do início, apenas dependendo da escolha do Cuca.
ESPERA PARA VOLTAR A SER TITULAR
- Sou um cara consciente, sei que quando eu estou nas minhas melhores condições, eu posso ajudar de maneira mais efetiva a fazer realmente a diferença, quando não estou não é porque eu fiz no passado alguma coisa que eu mereço jogar. Tenho que provar a cada dia que eu mereço jogar, porque é respeito por tudo, pelos garotos, pelos companheiros, pela instituição, então estou aqui para servir.
O PORQUÊ DA SEQUÊNCIA DE LESÕES
- Eu tive cinco dias para a pré-temporada para poder me preparar e jogar contra o Eintracht Frankfurt, na Florida Cup. Então, ali o corpo não estava preparado, comecei a sentir alguns incômodos e depois me recuperava de um, mas não dava tempo de me recuperar do outro. A Libertadores e o Paulista já estavam ocorrendo, então não deu tempo de preparar o meu corpo para enfrentar a carga de jogos, mas teríamos que de algum jeito tentar abreviar esse espaço de tempo e estar pronto o mais rápido possível, mas o corpo não pensa dessa maneira, ele precisa do tempo fisiológico, natural, normal, para se condicionar e acabei tendo vários problemas. Me curava de um e já começava em outra parte, aí fui me arrastando dessa maneira. Agora eu estou completamente bem fisicamente, que é o que importa, trabalhando como se deve, e estou bem contente quanto a esse momento que está se inciando.
SÃO PAULO FORA DE CAMPO
- Em teoria, não deveria afetar o nosso trabalho porque estamos aqui no CT da Barra Funda, blindados, a gente vem aqui, faz o nosso trabalho, e não teria que ser afetado por qualquer coisa extracampo. Ao mesmo tempo em que as coisas estão desconectadas, elas estão conectadas. De alguma maneira, não sei como, talvez de uma maneira quântica, inexplicável, isso afete os resultados, ou também os resultados dentro de campo afetem lá fora, então é uma dinâmica que tem que ser estudada para conseguir compreender esse mistério. Mas acho que também é um ciclo, afeta aqui, afeta lá, é uma bola de neve. Acho que está em um período mais calmo e tem tendência de a gente desenvolver o nosso trabalho da melhor maneira possível. Resultados vindo, acalmará lá, é uma faca de dois gumes, mas está mais calmo.
RELAÇÃO COM CUCA
- Quanto ao Cuca, eu já tinha escutado muitas histórias sobre ele, de como ele era nervoso. Ele continua nervoso, mas tem conseguido lidar com a gente de uma maneira muito bacana, até o momento, pois ele tem alguns momentos, por exemplo, no jogo contra o Fortaleza, em que a gente estava sufocado, ele conseguiu, sem gritar, sem esbravejar, mexer com o nosso brio. Então de vez em quando ele se exaspera, o que é normal, mas com um equilíbrio maior.