André Jardine gostou da atuação do São Paulo no primeiro tempo da partida contra o Ajax (HOL), quando a equipe considerada titular esteve em campo, mas ainda não sabe se serão esses os 11 escolhidos para a estreia da equipe no Paulistão, sábado que vem, contra o Mirassol, no Pacaembu.
- A equipe titular ainda não existe. A gente veio aqui para observar os jogadores, é uma pena não ter podido colocar todos, mas quase todos participaram. Agora ganho mais uns dias para pensar em todas as alternativas que o elenco nos dá. Sempre vai ser jogo a jogo, em alguns jogos vamos entrar com formações mais agressivas, ofensivas, em outros com uma prudência, uma precaução maior. Vou rever os jogos, analisar o desempenho de cada um para ser o mais justo possível, premiar os que estão em melhor momento - disse o treinador.
Jardine escalou os mesmos jogadores de linha nas partidas contra Eintracht Frankfurt (ALE) e Ajax (HOL): Bruno Peres, Arboleda, Anderson Martins, Reinaldo, Jucilei, Hudson, Hernanes, Helinho, Everton e Pablo. No gol, Tiago Volpi começou jogando contra os alemães e Jean diante dos holandeses.
- Havia sido combinado antes do início da competição. Nós, junto com o Marquinhos, que é o treinador de goleiros, entendemos que esse rodízio seria importante para observar os dois com equipes diferentes - explicou o treinador, sem dizer quem será o escolhido para a partida contra o Mirassol.
Depois de fazer 1 a 0 no primeiro tempo, com gol de Hernanes, o São Paulo mudou todos os jogadores no intervalo e acabou perdendo o jogo por 4 a 2. Jardine avaliou as duas etapas e classificou o resultado como "pesado":
- Fiquei satisfeito com o primeiro tempo, não só pela vitória, mas pela entrega, pela maneira como o time marcou. A gente sabia que ia ser a tônica do jogo, o Ajax com um nível superior de preparação física iria se impor em algum momento e a gente precisava ter uma defesa muito sólida para sustentar. No segundo tempo ficou uma pontinha de frustração porque a gente confia bastante na força do nosso elenco, mas nós sabíamos que principalmente os meninos iam sentir bastante o nível do jogo. Fica a frustração do resultado, acho que o placar do jogo não reflete o que foi. Tivemos situações importantes de aumentar o placar antes de tomar o primeiro gol, depois tivemos chance de voltar à frente. Acho que o 4 a 2 ficou um pouquinho pesado.
- A gente tem muita noção de que o resultado estava em segundo plano nos amistosos aqui. A gente quer sempre ganhar. Especialmente a partir do próximo jogo a gente prefere jogar mal e ganhar, mas aqui a gente estava com foco na construção da equipe, no treinamento, em evoluir algumas coisas, entendendo que o resultado seria difícil pelo nível dos adversários, que esse ano foi diferente dos anos anteriores da Florida Cup.