Jardine isenta Buffarini e rejeita gritos de ‘amarelão’ contra o Tricolor

Interino se despede do comando do São Paulo com derrota em casa para o Botafogo, mas confia que equipe crescerá no Brasileirão: 'Com Ricardo Gomes, o bom futebol voltará'

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O São Paulo perdeu a quarta partida em casa nesta edição do Campeonato Brasileiro e mais um tropeço no Morumbi gerou pequeno protesto em frente ao estádio após o revés por 1 a 0 para o Botafogo. Torcedores pediram reforços e chamaram o time de "sem vergonha" e "amarelão", algo que foi rejeitado prontamente pelo técnico interino André Jardine.

- Não, não é justo. Empatar em casa não faria diferença nenhuma. Atacamos demais, tivemos o merecimento do gol e a dedicação é importante ser ressaltada. Buffarini tinha dado dois piques seguidos para nos salvar, também não podem culpá-lo pelo gol. É preciso valorizar essa luta. Se continuar com essa produtividade, a tendência é a bola entrar - defendeu o treinador.

A partida contra o Bota, válida pela 20ª rodada do Brasileirão, foi a última de Jardine à frente do elenco profissional. Antes de voltar para o sub-20, o comandante deve ter encontro com Ricardo Gomes para passar as impressões dos dez dias de trabalho após a saída de Edgardo Bauza. O novo técnico será apresentado nesta semana e há confiança em sucesso na empreitada.

'Foram gratificantes esses dez dias de trabalho. Acrescentaram demais na minha vida e na minha carreira'

- Ricardo encontrará um grupo de caráter diferenciado para brigar e colocar o São Paulo na parte de cima da tabela. Foram gratificantes esses dez dias de trabalho. Acrescentaram demais na minha vida e na minha carreira. Tenho certeza de que com Ricardo o futebol que encanta voltará e o time subirá na tabela. Estou totalmente à disposição dele para que a transição seja menos difícil. Há um legado do Bauza, de competitividade e ele vai aproveitar, melhorando o time na parte ofensiva - projetou.


Confira outros trechos da entrevista coletiva de André Jardine:

Qual a avaliação da partida contra o Botafogo?

Não fomos brilhantes, mas fomos mais insistentes pelo gol e tivemos mais volume. Botafogo deu um chute no segundo tempo e marcou, teve a eficiência a seu favor. Lamentamos pelo ótimo trabalho da semana, muito produtivo. O São Paulo está em formação, principalmente na parte ofensiva. Está melhorando, mas longe do ideal. Tenho certeza que o Ricardo dará mais entrosamento e corrigirá essa ineficiência para marcar os gols.

Crê que o clube deve priorizar a Copa do Brasil?
Se eu ficasse, seria jogo a jogo, com as duas competições em igual importância e só depois, mais à frente, veria qual deveria ter uma atenção especial. É preciso disputar tudo, sem abrir mão de nada. É uma chance de título e ir à Libertadores, então vamos com força total.

É preciso contratar reforços?
Ricardo terá de avaliar isso. O fato é que o elenco é reduzido, mas tem qualidade e uma quantidade de jogadores jovens que podem ajudar muito. O elenco do Grêmio, onde trabalhei, é metade formado na base e eles têm conseguido render. Aqui também acredito que eles podem vir a ter um rendimento aceitável. É importante ter duas opções por posição. Mais do que isso é ruim, porque você tiraria o comprometimento

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