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Juanfran promete dar a vida: ‘Sou um ganhador, quero ganhar sempre’

Espanhol diz que os jovens poderão se espelhar nele: 'Que vejam em mim um trabalhador que já conseguiu praticamente tudo e tem a mesma ilusão de quando tinha sete anos'

Juanfran
Juanfran foi apresentado por Raí, Lugano e Pássaro no Morumbi - FOTO: Fellipe Lucena

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Juanfran mostrou imenso conhecimento sobre o São Paulo e o futebol brasileiro em sua entrevista de apresentação, nesta sexta-feira, no Morumbi. O espanhol de 34 anos até arriscou um discurso em bom português antes de receber a camisa 20 das mãos do diretor Raí, do gerente Alexandre Pássaro e de Diego Lugano, ídolo, superintendente de relações institucionais do Tricolor e o principal responsável por sua contratação.

- Agradeço por terem confiado em mim. Estou muito, muito feliz por ser tricolor. Digo à torcida que vou deixar a vida por eles, que agora são minha família - declarou o lateral-direito, que passou as últimas oito temporadas europeias a serviço do Atlético de Madrid.

O reforço foi ao gramado do Morumbi para tirar fotos após a entrevista coletiva. O estádio será palco do jogo contra o Santos, às 17h deste sábado, do qual ele ainda não participará.

Juanfran acumulou 355 jogos, seis gols e sete títulos pelo Atlético de Madrid: Liga Europa duas vezes, Supercopa da Uefa duas vezes, Copa do Rei, Campeonato Espanhol e Supercopa da Espanha. Mas não é por isso que ele se classifica como um "ganhador":

- Minha filosofia de vida é, primeiro, cuidar da minha família. E minha família agora é o São Paulo. Depois trabalhar, trabalhar, trabalhar para ganhar. Para mim o mais importante é ganhar. Podemos jogar melhor ou pior, para mim dá na mesma. Me considero um ganhador, não porque ganhei muito, mas porque quero ganhar sempre. 

Juanfran citou o largo período do São Paulo sem conquistar títulos, a paixão que a torcida tem pela Libertadores e até as características diferentes do clube em relação ao Atlético de Madrid, que historicamente monta equipes defensivas.

Veja outras respostas de Juanfran:


Por que vir ao Brasil?

Foram muitos anos na Europa, onde conquistei tudo que podia. Só me faltou a Champions, que não consegui nas duas finais em que fomos. Quando surgiu a possibilidade do São Paulo não pensei nenhum minuto. Sei da história do São Paulo e para mim é o melhor de todos no Brasil e na América. Para mim, São Paulo e Atlético de Madrid são os melhores. Queremos voltar a ser campeões, levamos muitos, muitos, muitos anos sem ser campeões. E me orgulha que tenham pensado em mim para voltarem a ser campeões. Sou uma pessoa muito positiva e penso que tudo vai correr muito bem para mim e minha família aqui no Brasil e que o São Paulo também irá muito bem comigo.

Futebol brasileiro atrasado?

Não penso que vocês estejam atrasados. Penso que as coisas têm ido um pouco mais lentas que na Europa, mas se nota que o futebol brasileiro e da América é cada vez mais forte, as equipes podem competir com as equipes da Europa. O que eu mais queria era vestir a camisa do São Paulo. Muito pequeno, vi o Raí jogar no PSG, sei que ganharam do Barcelona no Intercontinental. Desde pequeno queria jogar fora do meu país e o São Paulo me deu a oportunidade. Que os meninos possam ver em mim um trabalhador que já conseguiu praticamente tudo e tem a mesma ilusão de quando tinha sete anos.

Onde vai jogar?

Temos uma grande equipe. Posso jogar em muitas posições, posso me adaptar na direita, na esquerda, à frente. O que quero é ajudar. Um minuto, 90, os minutos que sejam. Quero ser um exemplo para meus companheiros. Que vejam em mim um jogador que dá a vida dentro de campo. Por isso me fui com tanto carinho das pessoas do Atlético de Madrid. Eles viam que eu trabalhava, trabalhava, trabalhava e dava a vida pela camiseta. Agora, seja a posição que o Cuca quiser, vou deixar a vida pela camisa do São Paulo.

Por que dois laterais? Onde vão jogar?

Quando o São Paulo pensou em mim e em Dani, pensou em dois jogadores de hierarquia. Falei com Cuca, mas é secreto (risos). Eu posso jogar em várias posições, Dani também. O São Paulo ganha muito com a nossa chegada, mas não só pelos jogadores, também pelas pessoas que somos. Temos uma equipe jovem e vamos poder ajudá-los.

Ídolos no Brasil

Bom, os ídolos eu tenho aqui... Um na direita (Raí) e outro na esquerda (Lugano). Pássaro também (risos). Conhecia muito o Lugano, que é um irmão para Godín, que também é meu irmão.

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