Esqueçam os matemáticos: com a vitória por 3 a 1 sobre o Juventude, o São Paulo, um dos poucos gigantes do futebol brasileiro que jamais caiu para a Série B, se livrou do rebaixamento.
O primeiro sentimento do torcedor, que apoiou como pode no Morumbi, é de alívio, mas nada além disso. Não há orgulho, alegria, superação. Nada. Simplesmente a sensação de uma obrigação cumprida, como sempre deve ser para um clube que tem uma das maiores folhas salariais da Série A.
Rogério Ceni provavelmente seguirá como treinador na próxima temporada, desde já envolta em incertezas e até pessimismo – o próprio técnico já sinalizou que a situação financeira é crítica (são R$ 600 milhões de dívida), que o Tricolor tem poucas chances de fazer um mercado forte e que os próximos anos ainda serão difíceis.
Enquanto isso, o São Paulo vê seus dois principais rivais em outra dimensão: o Palmeiras, tricampeão da América e estabilizado como potência continental, e o Corinthians de volta à Libertadores e com uma equipe cheia de talento.
Não há heroísmo em evitar a queda, porque o time lutou o Campeonato Brasileiro todo na parte de baixo da tabela por culpa de sua própria incompetência. Há, como dito, apenas alívio. Um sentimento genuíno emanado da arquibancada, mas insuficiente para quem já dominou o futebol brasileiro.
O ano que começou em festa com a conquista do Paulista termina carente de razões para acreditar que o São Paulo recuperou sua grandeza.
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