Há um mês, o São Paulo era derrotado pelo Mirassol no Morumbi e eliminado nas quartas de final do Campeonato Paulista. Chegou ao Campeonato Brasileiro em crise, com Fernando Diniz balançando no cargo. Mas Raí, diretor de futebol do clube, bancou o treinador, apesar dos protestos dos torcedores.
Ainda é cedo para concluir se a crença é um acerto, mas o cenário de terra arrasada não existe mais. Com a vitória no clássico contra o Corinthians, o São Paulo se tornou vice-líder de um Campeonato Brasileiro que deve ser marcado até o fim pelo equilíbrio. O Flamengo, favorito absoluto antes de a bola rolar, ainda patina na tabela, enquanto Fluminense e Vasco ocupam o G4. Um sinal - ainda precoce - de que as surpresas devem se acumular a cada rodada.
O Tricolor não parece pronto, de fato, para disputar o título, o que interromperia um jejum de oito anos sem conquistas, mas ao menos começa a ganhar confiança para iniciar o caminho longo que o tire da justa desconfiança cultivada nas últimas temporadas.
Ainda há Copa do Brasil e Libertadores pela frente, o que deve aumentar ainda mais as dificuldades, que já são grandes devido ao calendário achatado por conta da pandemia. O São Paulo persegue agora a regularidade necessária para transformar o limbo em ouro e resgatar o tamanho de sua história dentro do gramado.
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