O feriado da Proclamação de República permitiu ao presidente Carlos Augusto de Barros e Silva acompanhar o treino do São Paulo nesta terça-feira com mais calma do que o usual no CT da Barra Funda. Tanto é que, após as atividades, o mandatário dirigiu-se à imprensa para conversa informal e falou sobre os planos para 2017. A começar pela permanência de Ricardo Gomes.
Leco diz que a ideia da diretoria é manter o treinador para o início da próxima temporada, sem realizar alterações no contrato, como estipular data de validade ou multa rescisória. A avaliação é que o técnico fez a equipe, considerada de baixo nível técnico, crescer de rendimento nos últimos jogos e escapar do rebaixamento no Campeonato Brasileiro.
Como é frequente entre cartolas, entretanto, há ressalvas sobre o dinamismo do futebol. Entre as variáveis que podem fazer a diretoria mudar de ideia estão a forte oposição da torcida com Ricardo Gomes, reforçada pelo pressão interna de alguns conselheiros, e a sombra de Rogério Ceni, que estuda para se tornar treinador e pode ser trunfo político para as eleições de abril.
A defesa mais ferrenha a Ricardo Gomes é de quem convive mais próximo ao comandante no dia a dia, como a comissão técnica, o elenco e os dirigentes do departamento de futebol. No Morumbi, há uma divisão que faz os últimos quatro jogos da temporada terem peso importante para 2017.
ESPERANÇA POR NILMAR
Com a ideia de reforçar o elenco com mais dois ou três nomes de peso, além do já contratado Wellington Nem, Leco mantém a esperança de contar com Nilmar. O atacante do Al Nasr (EAU) já foi avisado do interesse do São Paulo e precisa conseguir antecipar o fim do contrato com os árabes, que termina em junho de 2017, para que o Tricolor possa concretizar o negócio. O empresário do atleta, Adriano Spadotto, ajudou o Tricolor na chegada de Nem - por ter boa relação com o Shakhtar Donetsk (UCR) - e é aliado nas tratativas.