Lentidão, erros de passe e retranca: os motivos da queda do São Paulo
Tricolor peca em construções ofensivas, não mostra vasto repertório e cai em armadilha do Grêmio para dar adeus a Copa do Brasil e a chance de conquistar o título inédito
O São Paulo caiu na armadilha do Grêmio e foi eliminado na semifinal da Copa do Brasil, competição que o clube ainda não conquistou. São vários os motivos do Tricolor não conseguir sair classificado para a final do mata-mata nacional.
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O principal deles foi a lentidão apresentada durante todo o jogo no Morumbi. Sem Luciano e Reinaldo, Fernando Diniz escalou Tchê Tchê na vaga do camisa onze e Léo para compor a lateral-esquerda. Mesmo com um homem a mais no meio-campo para ajudar na saída de bola e na construção ofensiva, o São Paulo foi presa fácil para a defesa gremista, muito pelo falta de movimentação.
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As estatísticas comprovam a falta de agressividade do São Paulo. Segundo o 'SofaScore', dos cinco jogadores do Tricolor que mais trocaram passes, três são do sistema defensivo: o volante Luan, com 73, o zagueiro Arboleda, com 93 e e o goleiro Tiago Volpi, com 30 passes realizados. Gabriel Sara e Tchê Tchê, teoricamente responsáveis pela armação, foram os titulares que menos trocaram passes, com 53 e 45, respectivamente.
A falta de finalizações evidenciam a dificuldade da equipe de Fernando Diniz de chegar a meta gremista. Foram 12 chutes, mas somente quatro acertaram o gol de Vanderlei, que não precisou realizar nenhuma defesa difícil em toda a partida. Nos minutos finais, o São Paulo tentou na base dos cruzamentos e bolas longas, mas nem isso adiantou.
Os números da bola aérea do São Paulo nesta partida foram pífios. Em bolas longas, foram 36 tentativas, com apenas 18 acertos. Já nos cruzamentos, o Tricolor realizou 35, acertando apenas nove, uma precisão de somente 26%. Brenner, isolado contra a boa dupla de zaga rival, não conseguiu ganhar praticamente nenhuma jogada e ficou sumido a maior parte do jogo.
Portanto, um conjunto de fatores resultou em mais uma queda do São Paulo em mata-matas: os desfalques, a falta de movimentação e os muitos erros de tomadas de decisões. Agora é focar no Brasileiro, onde a equipe é líder e tentar levantar um caneco, algo que não acontece desde 2012.
* Sob supervisão de Vinícius Perazzini