São Paulo, Diego Lugano e Cerro Porteño (PAR) tentam manter a maior discrição possível enquanto tratam a volta do zagueiro ao Tricolor em 2016. O problema é que, na contramão do silêncio dos clubes e do jogador, aparece o empresário Juan Figer, que tem incomodado as partes envolvidas no negócio devido às constantes entrevistas para veículos da imprensa brasileira.
O maior desconforto parte do próprio ídolo tricolor, que em novembro já havia dito que tinha maturidade suficiente para cuidar de seus negócios sozinho. Procurado pela reportagem do LANCE! para comentar a posição de Figer de que as tratativas poderiam ser concluídas em 1º de janeiro, Lugano foi breve e irônico nas curtas mensagens trocadas.
– Não posso dizer nada, porque não tem nada novo ainda. Quando tiver, e se tiver, eu falarei. (Sobre Figer e seu grupo) Eles devem saber mais que eu (risos) - resumiu o uruguaio, que agiu de maneira semelhante enquanto Diego Aguirre era cotado para treinar o São Paulo – o técnico acertou com o Atlético-MG.
Além de Figer, Lugano trabalha com um advogado chamado Agustín López, mais um que assumiu o compromisso de manter a cautela no discurso apresentado aos jornalistas sobre o caso.
– Só é possível dizer é que Lugano é do Cerro. Não podemos falar do que ainda não aconteceu. Só sabemos é do interesse do São Paulo – disse o advogado.
Os dirigentes são-paulinos, desde o início da gestão de Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, evitam ao máximo atender jornalistas para comentar negociações. E as raras explicações sobre a volta de Lugano foram justificadas pelo fato do assunto já ter se tornado público antes.
A nova postura pode ser exemplificada na chegada de Edgardo Bauza, cuja contratação vazou apenas minutos antes do anúncio oficial. A ideia é repetir a ação com Lugano para não deixar empresários como porta-voz.
Do lado do Cerro, o silêncio também é intenso. Na última terça-feira, em coletiva, o presidente Juan José Zapag afirmou que conta com Lugano para este ano, mas deixou claro que “contratos são relativos”. O beque ficará livre quando apresentar proposta salarial superior ao que recebe no time paraguaio (aproximadamente R$ 300 mil).