Marcos Guilherme deixou o Morumbi chorando. O meia-atacante está emprestado pelo Atlético-PR até 30 de junho, está cada vez mais complicada a sua permanência no clube do coração e, por isso, ele foi às lágrimas ao ser questionado qual seria o seu legado no São Paulo.
- Todos viram, a torcida viu desde o meu primeiro jogo meu carinho e empenho. O meu maior legado foi esse. Muitas vezes, errei um gol e um passe, mas voltar para marcar até a área, dividir, dar um carrinho nunca faltou. O torcedor se sentiu representado por mim todas as vezes em que entrei em campo. Se, infelizmente, eu não vestir mais a camisa do São Paulo, podem ter certeza de que foi a realização de um grande sonho na minha vida. Minha família sabe e eu sei - disse, encerrando a entrevista com choro.
Antes disso, o camisa 23 disse não saber o que responder a respeito de sua situação. O Furacão já avisou que não fará valer o acordo verbal pela sua permanência até o final do ano e o Tricolor está oferecendo um valor abaixo dos 3 milhões de euros (aproximadamente R$ 13 milhões) por 50% dos seus direitos econômicos. O jogador já teve sondagem de Corinthians, Atlético-MG, Flamengo e Cruzeiro e, para poder atuar por outro clube neste Brasileiro, ele só poderá defender o São Paulo mais uma vez.
- Vamos ver isso ainda. Já foi o quinto jogo. A dúvida é essa: ou joga e joga pressão para eles, mas eu podendo me prejudicar, ou não jogo e estou fora do São Paulo. É uma situação para se pensar bem e não é de hoje, já tem um tempinho. Mas não é culpa de ninguém. Infelizmente, as circunstâncias foram acontecendo para chegar ao ponto em que está hoje. É seguir. Quero frisar que estou muito feliz por ter jogado hoje, foi um sentimento diferente - disse.
- Estou triste porque, na hora da dificuldade, eu estava aqui, e agora que a equipe está bem, encaixada... Está complicado. Estou feliz pela minha atuação e pela vitória da equipe. O Aguirre e o São Paulo viram que podem contar comigo em qualquer situação. Mesmo com essa indefinição estou disposto a ajudar o São Paulo 100% pelo enorme carinho que tenho pelo clube - prosseguiu.
- Sempre falei que minha vontade é permanecer. Hoje foi contra o Botafogo, já bate o filme da minha estreia, no Engenhão. Ainda mais pelo carinho pelo clube e que sempre deixei claro, é uma situação complicada. Não condeno o São Paulo, jamais. Eles sabem que é uma situação difícil, que não depende somente deles. Se eu começar a falar, fico até um pouquinho triste, chateado. Mas acontece, faz parte do futebol. É um orgulho muito grande vestir a camisa do São Paulo. Hoje, principalmente, foi uma emoção muito grande, ainda mais com a vitória. Estou muito feliz aqui, sei que pode faltar pouco para eu ir embora, mas sigo com esperanças.