Com nomes identificados com o clube, Casares quer gestão totalmente ‘dedicada ao São Paulo’

Presidente eleito do São Paulo, que exercerá mandato por três anos, disse que sua principal proposta é ter ao seu lado pessoas que saibam o significado do clube

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Nos próximos três anos, o principal legado que Julio Casares quer deixar no São Paulo é a do resgaste da identidade tricolor, deixando para trás a ideia de que o São Paulo não é um clube que leva a sério o tamanho que tem.  E uma dos caminhos que pretende adotar para tornar essa meta uma realidade é ter profissionais dedicados integralmente ao clube. De preferência, pessoas identificadas e cientes da grandeza tricolor. Em entrevistas e declarações, o novo presidente são-paulino usou a palavra "meritocracia" como bandeira.

Os primeiros nomes anunciados pela nova gestão são respostas a esse anseio. A escolha foi por profissionais que já sabem como o clube funciona, evitando chamar pessoas de fora, sem raízes com a história tricolor.

Sérgio Augusto Fonseca Pimenta, que já trabalhou no São Paulo anteriormente, foi o escolhido para ser o diretor executivo de finanças. Outro exemplo de nome totalmente identificado com o Tricolor é Muricy Ramalho, treinador tricampeão brasileiro com o clube e que foi anunciado como coordenador técnico do clube na gestão Casares. Além de Roberto Armelin, que estava no mercado, mas que trabalhou por 12 anos dentro do Morumbi, e foi chamado para ser o executivo jurídico na gestão.

- Não vamos ter pessoas que trabalham aqui e acolá, ele tem que trabalhar só para o São Paulo. Eu me dedicarei só ao São Paulo. Mesmo os voluntários, vão fazer um trabalho galgado em metas. Eu trabalhei assim, chegava cedo e saia tarde. É assim que a máquina vai rolar - disse o novo presidente em entrevista recente ao 'Globoesporte.com'.

Outra política vinculada à ideia de identidade é a de usar mais jogadores da base, evitando um número excessivo de estrelas dentro do elenco. Ao mesmo tempo, o presidente eleito já afirmou que é preciso ter alguns líderes mais experientes para ajudar a administrar o grupo, além de ter grande impacto na parte econômica, setor onde o clube tem uma dívida de R$560 milhões.

- O futebol do São Paulo precisa ter meritocracia. Contratação que agregue resultado financeiro e legado esportivo, porque nós queremos ser campeões. O São Paulo tem uma plataforma em Cotia que é sinônimo de qualidade para o mundo. Temos que promover mais. Temos também que trazer jogadores cascudos e, claro, ter duas ou três estrelas, que é algo que está no DNA do São Paulo - completou Casares em uma entrevista à Gazeta.

Dessa forma, o mandato de Casares começa com mensagem promissora. Com a ideia de resgatar a imagem do clube afetada nos últimos anos por crises políticas e falta de títulos. Os setores fundamentais da diretoria estão sob o comando de pessoas com relação estreita com o clube e alinhadas com o projeto.

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