Mito e Dios: Ceni e Lugano farão nova parceria de liderança no São Paulo

Confirmação de ex-goleiro como técnico abriu espaço para reencontro. Uruguaio substituiu o amigo como líder em 2016 e agora, empolgado, poderá ajudar no início do Mito no banco

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Mito e Dios juntos novamente. A confirmação de Rogério Ceni como técnico do São Paulo fará com que os caminhos de duas lendas do clube voltem a se cruzar. Na verdade, Ceni e Lugano sempre estiveram intimamente ligados.

Ao se aposentar no fim do ano passado, Ceni deixou vazio um espaço que ocupou praticamente sozinho por anos: o da liderança. Mas durou pouco. Logo depois, o São Paulo anunciou o retorno de Lugano, que desde então atua como capitão sem precisar de braçadeira.

Na ausência de Ceni, coube a Lugano ser o elo entre elenco e diretoria. Mas não foi fácil. De cara, o uruguaio teve de contornar uma insatisfação dos atletas por salários atrasados. Uma divergência de opiniões causou um racha que colocou o zagueiro de um lado e “líderes” como Ganso e Michel Bastos, de outro. Mas o tempo passou.

Aos poucos, Lugano conquistou o respeito dos atletas. Falou firme com a diretoria e exigiu esforços para os salários não atrasarem. A promessa tem sido cumprida. Ao mesmo tempo, auxiliava os companheiros. Foi o uruguaio quem entrou em contato com o argentino Calleri, hoje no West Ham (ING), para resolver pendência financeira do São Paulo com o atacante. Lugano pediu o número da conta de Calleri. Pronto. Assunto resolvido.

Agora, técnico e líder atuarão plenamente juntos, algo que não acontece desde 2006. O reencontro já empolga Lugano, mesmo que eles sempre estivessem ligados.

– O bom do próximo ano é que o Rogério é o técnico. Com algumas renovações importantes, o São Paulo vai voltar a ser o que nunca devia ter deixado de ser – disse o uruguaio em entrevista ao site Quiririmnews, da região de Taubaté.

Ceni conta com Lugano. E Lugano acredita em Ceni. Voltaram.

A PARCERIA

Lugano chegou ao São Paulo em 2003 como um desconhecido e encontrou o clube em situação ruim. Rogério Ceni ainda não era o Mito. Isso passou a acontecer a partir de 2005, ano em que a dupla faturou quase tudo. Ganhou Paulista, Libertadores e Mundial e entrou para a história. Em 2006, veio a conquista do Brasileiro.



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