A principal torcida organizada do São Paulo chegou ao Morumbi cerca de 1h30 antes da partida contra o Trujillanos, da Venezuela, nesta terça-feira e protestou contra vários assuntos diferentes. Os principais alvos dos uniformizados foram Paulo Castilho, promotor, e Fernando Capez, deputado estadual citado em esquema de propinas na venda de merendas escolares no governo de São Paulo.
Tópicos como as obras atrasadas da Linha 4-Amarela do Metrô, especificamente na estação São Paulo-Morumbi, Federação Paulista de Futebol e a Operação Lava-Jato também foram citados.Mais de 200 pessoas se juntaram para entoar os seguintes cantos:
‘‘Capez, se orienta, roubou dinheiro das crianças e da merenda’’ e ‘‘acabou o caô, cadê meu metrô’’. Além de ‘‘Não é ladainha, foi o Capez quem roubou as criancinhas’’, "Boi, boi de Sertãozinho, foi o Capez quem roubou o leite Ninho" e "Essa é de rir! Cadê nosso metrô que não chegou no Morumbi"
Além de deputado, Fernando Capez também é presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo e, desde os anos 1990, luta contra as torcidas organizadas, papel que tem sido exercido por Paulo Castilho atualmente. Marco Polo Del Nero, presidente licenciado da CBF também entrou na rota dos protestos dos são-paulinos, contrários ao "futebol moderno".
A Polícia Militar monitorou de perto a reivindicação pacífica e não houve nenhuma confusão registrada. Como aconteceu antes da partida, os uniformizados atraíram a atenção de torcedores comuns, que se juntaram a eles e entoaram ainda mais músicas, até mesmo ''não vai ter golpe'', em clara referência ao momento político atravessado pelo Brasil.
Encerradas as reivindicações, os torcedores passaram a apoiar o São Paulo antes da partida. Foram vendidos 16 mil ingressos antecipadamente e a expectativa do clube é de atrair cerca de 20 mil tricolores para o duelo crucial contra os venezuelanos do Trujillanos nesta terça-feira.