‘Não tenho nem o que falar’, diz Rogério Ceni sobre derrota do São Paulo com gols nos acréscimos

Abatido, treinador disse que deu entrevista 'por educação' e pede para jornalistas decidirem o que analisar: 'Estávamos ganhando até os 90, escolham'

imagem cameraRogério Ceni durante o clássico desta noite contra o Palmeiras, no Morumbi (Foto: Paulo Pinto/São Paulo FC)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 20/06/2022
23:37
Atualizado em 21/06/2022
00:26
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Pela sétima vez neste Campeonato Brasileiro, o São Paulo tinha a vantagem no placar conquistada no primeiro tempo e acabou cedendo. O problema nesta segunda-feira (20) é que foi com requintes de crueldade, após levar o 2 a 1 do Palmeiras já nos acréscimos, em duas cobranças de escanteio.


Nos vestiários do Morumbi após o jogo, o técnico Rogério Ceni personificava o desânimo da torcida. Primeiro o treinador concordou com as vaias da torcida, que não poupou críticas ao elenco após o apito final. Depois foi sincero: se pudesse, não daria entrevistas. Pelo simples motivo de que 'não tem o que falar' para explicar o ocorrido.

- Sobre o jogo de hoje não sei nem o que dizer para vocês. Eu estou dando entrevista porque tenho que vir dar entrevista e não podia deixar o clima chato - explicou o treinador.

Segundo Ceni, o clima pela derrota derradeira contagiou todo o grupo.

- Não falei com os jogadores (após a partida), fiquei no meu vestiário. Eles também só rezaram, não tinha clima para falar. Agora é cada um esfriar a cabeça. Tem dia que é melhor você não falar nada, cada um ir para sua casa e amanhã com mais calma faremos uma analise mais fria de tudo o que aconteceu - completou.

Mas então como analisar o ocorrido no Morumbi. Para Ceni, o plano de jogo estava traçado. Com oito desfalques para arrumar o time, disse que procurou poupar atletas que tinham levado o cartão amarelo (como Gabriel Neves, Reinaldo e Igor Vinícius) e que estavam cansados (como Calleri). Com isso aproveitou para reconstruir a linha defensiva justamente para evitar as jogadas aéreas do Palmeiras, que alega ter antecipado ao elenco.

-  Nós jogamos um jogo taticamente bem feito. E aí você escolhe o que quer analisar. Se foi o time que conseguiu segurar o Palmeiras por 90 minutos, não deixou eles fazerem nada no primeiro tempo. Ou se se for pelos dois gols sofridos no final. Vocês escolhem. Eu entendo que futebol é emotivo e impulsivo. Agora, a torcida tem que saber que seu treinador não é burro. Ele faz as coisas corretas. O plano de jogo foi traçado de forma correta. Todo mundo fala que é difícil jogar contra o Palmeiras e estávamos ganhando.

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