O zagueiro Iago Maidana não se reapresentou ao São Paulo junto com os demais jogadores do elenco e, consequentemente, não treinou nos dois primeiros dias da pré-temporada tricolor. A tendência é de que o defensor seja negociado com algum outro clube ou até mesmo volte para as categorias de base.
Pessoas próximas ao atleta informam que a recomendação dada pelo clube do Morumbi é de que Maidana se apresente no CT de Cotia no dia 12 deste mês e siga sua carreira na base, como membro do time sub-23. O São Paulo, no entanto, nega a informação e diz que a situação do zagueiro segue indefinida.
O são-paulino é alvo do Bahia, Sport e também do Paraná, clube que defendeu na Série B do Brasileirão do ano passado. A diretoria do Tricolor tentou inseri-lo na negociação pelo goleiro Jean, ex-Bahia, mas o negócio não foi adiante pois o clube do Nordeste exigia um vínculo grande, de quatro anos.
Maidana tem contrato com o São Paulo até setembro deste ano e, em março, já poderá assinar um pré-contrato com qualquer outro clube. Enquanto isso não acontece, no entanto, o atleta fica 'preso' ao Tricolor, que ainda não demonstrou interesse em tê-lo em seu elenco principal.
De acordo com o estafe do zagueiro, Maidana não se importaria em renovar seu contrato com o São Paulo, desde que seja utilizado como atleta do clube do Morumbi e tenha condições de mostrar seu trabalho para a comissão técnica da equipe profissional e brigar por uma vaga entre os titulares, assim como todos os jogadores do elenco.
A situação política, no entanto, pesa contra o jovem jogador, de apenas 21 anos. Destaque na Segundona do ano passado, Maidana foi o pivô do caso que culminou na renúncia do ex-presidente Carlos Miguel Aidar no segundo semestre de 2015. E, por isso, parte dos dirigentes tricolores veem o retorno do zagueiro como um pretexto para críticas.
Na época, Maidana havia sido vice-campeão mundial com a seleção brasileira sub-20 e se destacava no Criciúma. Ele foi comprado por R$ 800 mil por uma empresa chamada Itaquerão Soccer. Dias depois, foi inscrito no Monte Cristo, clube da Terceira Divisão de Goiás, e vendido ao São Paulo na sequência por R$ 2 milhões, referentes a 60% de seus direitos. O caso chamou a atenção da Fifa e acabou resultando em uma grave crise política no Tricolor.