A disputa por uma vaga como volante do São Paulo está acirradíssima. Quem baixa o rendimento ou fica fora por lesão acaba ultrapassado pelos concorrentes e é exatamente isso que Wesley espera fazer. Com Hudson e João Schmidt fora de combate, o camisa 11 ganhou espaço e agora promete até fugir dos fisiologistas do clube para não ser poupado por Edgardo Bauza.
- Temos profissionais que cuidam disso, mas eu quero sempre estar jogando. A gente até foge deles pra não ser poupado, mas eles analisam e sabem o que é melhor. Se perguntarem se quero ser poupado vou falar que não, mas se o professor bater o pé vou dar uma segurada, porque o calendário é apertado - brincou o meio-campista de 28 anos.
O ano começou com Thiago Mendes e Hudson como titulares. Depois, João Schmidt ganhou a vaga de Thiago, até sofrer lesão e ficar no Reffis por um mês. Thiago retornou e logo passou a ter Wesley como parceiro, já que Hudson sofreu problema muscular mais grave e está em tratamento. Contra o Figueirense, às 21h45 desta quarta-feira, a nova dupla será colocada à prova no duelo válido pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro.
- Hudson é meu amigo e sempre vou dar o máximo, assim como ele. O professor decidirá. Hudson vinha bem para caramba e eu estou aí, nessa briga sadia por meu espaço. Que continue assim, sem ninguém passar por cima de ninguém. No treino tem chegada, arranca rabo, mas isso faz parte. Que continue assim. Na minha posição, entrar 20 minutos não é suficiente para marcar e sair para o jogo. Sempre acreditei em mim, sou experiente e quero ajudar cada vez mais - avisou o ex-palmeirense.
Confira outros trechos da entrevista coletiva de Wesley:
É o seu melhor momento no São Paulo?
Estou feliz, dando o máximo no dia a dia e conseguindo os resultados com meus companheiros. Mas todos ainda têm muito a crescer. Temos que aproveitar o momento e a oportunidade. Estou feliz.
Falta de pontaria tem sido o problema do time?
A gente tem que aproveitar melhor as chances. Trabalho é feito para acertar sempre, não podemos desanimar. Tem que continuar treinando para ter uma margem de acerto boa, porque em alguns momentos um gol só não será suficiente. Meias e atacantes precisam trabalhar forte.
Por que o São Paulo não vence fora?
A gente ainda não encontrou a resposta exata, mas está trabalhando bastante. Tem coincidência também, mas o professor nos cobra uma regularidade bacana para a equipe se tornar compacta dentro e fora de casa para somar pontos e competir mais.
O que falta para vencer fora?
Ser mais compacto e intenso. Em uma competição longa, você precisa buscar os pontos desde agora. Ainda não chegamos em nosso pico máximo. Precisamos de um pouco mais para isso, mas estamos trabalhando bastante.
Time vai mudar até a Libertadores?
É com o homem isso! Mas imagino que os lesionados estejam de volta e aí ele poderá escolher os melhores. Não será fácil, o time do Nacional é muito forte e precisamos nos adaptar para conseguir fazer bons jogos
O que espera dos próximos jogos, contra Figueirense e Cruzeiro?
Ganhar as duas, né? Tem que ser assim no Brasileirão. Algumas equipes ainda não se encaixaram, então precisamos suar sangue para ganhar, como diz nosso professor. É colocar a aplicação tática e os conceitos do professor em prática para chegar à vitória.