Precisamos falar sobre Centurión: Ceni já pensa na volta do argentino
Na Argentina, já dão como certa a volta do atacante, emprestado ao Boca Juniors até o fim do mês; enquanto diretoria do São Paulo não o negocia, técnico pensa em como valorizá-lo
Em meio à tentativa da diretoria de reforçar o elenco e não perder mais jogadores, Rogério Ceni já começa a lidar com um problema que estava distante: Ricardo Centurión. Na Argentina, já dão como certo que ele não ficará no Boca Juniors e o atacante terá de voltar ao São Paulo no fim do mês enquanto não encontra um destino.
Partiu do jornal La Nacion, da Argentina, a notícia que afeta Rogério Ceni, mas que não surpreende. O diário informa que a diretoria do Boca já decidiu que não pagará os US$ 6,3 milhões (R$ 20,68 milhões) acertados em contrato para ficar com Centurión, de 24 anos, após o fim do seu empréstimo.
Os dirigentes são-paulinos já esperavam essa decisão. Após chegar a ser comparado pela imprensa argentina a Neymar enquanto substituiu Tevez no começo do ano, Centurión teve uma sequência de problemas extracampo e lesões que fizeram o Boca desistir de ficar com ele. Ele não joga desde a derrota para o River, em 14 de maio, por contusão.
E não faltaram confusões fora de campo. Ele foi para o Boca no meio do ano passado e, em setembro, já se envolveu em acidente de carro. No mês seguinte, levou bronca da diretoria do clube porque fotos íntimas suas vazaram na internet. Neste ano, câmeras de segurança em hotel na concentração do elenco registraram o jogador descontrolado, contido pelos colegas. E, há algumas semanas, uma ex-namorada o acusou de agressão e cogitou-se até sua prisão.
Por tudo isso, a diretoria do São Paulo, apesar de estar em busca exatamente de um atacante de beirada, não planeja contar com Centurión e espera que algum clube ofereça, ao menos, algo próximo de 4,5 milhões de euros (R$ 16,6 milhões) para levá-lo. Enquanto isso não acontece, sobrou para Rogério Ceni.
- Todos os jogadores do São Paulo são importantes e devem ser valorizados, principalmente pelo que o Centurión custou. Se voltar, vamos tentar utilizá-lo do melhor jeito possível. É uma peça importante, com um valor de mercado grande. Foi muito bem no Boca. Teve deslizes, mas, dentro de campo, jogou um bom futebol. E é um patrimônio, temos de cuidar - disse o treinador.
Centurión foi adquirido pelo São Paulo em 2015 por mais de R$ 13 milhões com a ajuda de Vinicius Pinotti, hoje diretor de futebol do clube. Foi companheiro de Ceni nos últimos seis meses da carreira do goleiro e não deixou saudades nas 81 partidas pelo clube, marcando oito gols e dando nove assistências, quase sempre saindo do banco.