Após participar de um painel do Summit CBF Academy, ao lado de Leila Pereira e Rodolfo Landim, nesta terça-feira (26), o presidente do São Paulo, Júlio Casares, defendeu a permanência do técnico Luiz Zibeldía no comando da equipe.
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O argentino vem sendo alvo de críticas de parte da torcida. Na segunda-feira (25), o empresário Wagner Ribeiro, por exemplo, atacou o treinador afirmando que ele tem limitado as oportunidades de alguns jovens atletas e até teria humilhado jogadores do clube.
- A questão do Zubeldía foi mais criada do lado de fora do que do lado de dentro. Eu achei até engraçado porque eu mesmo disse a ele que todos os sinais indicavam que ele iria ficar. Ele tem feito um trabalho muito bom, está promovendo jovens e preparando uma transição, assim como aconteceu com Beraldo, com o Pablo Maia e com o Welington. Vai acontecer com o William, com o Henrique, o Ryan, com o Ferreira, vários outros jogadores. Eles serão promovidos, mas com calma. Ele observa muito, tem um olhar interessante para a base. Temos que entender que é um técnico que se emociona, que luta, e queremos um técnico assim. Agora a declaração de torcedor ou de empresário, nós deixamos para esse lado do folclore. O ambiente é muito bom, ele é muito querido pelos jogadores. Até mesmo o próprio jogador (Moreira) fez um post enaltecendo o trabalho da comissão técnica - afirmou Casares.
Déficit
Durante sua participação no painel Sustentabilidade Financeira e Competitividade dos Clubes, o presidente do São Paulo admitiu que o clube terá um déficit alto em 2024.
Segundo o presidente, ele decidiu priorizar o lado esportivo do clube em 2023 e, por isso, teria recusado propostas para vender jogadores antes da decisão da Copa do Brasil contra o Flamengo, buscando não fragilizar o time.
– Claro que é ruim terminar o exercício com déficit muito alto, mas o São Paulo teve que priorizar aquelas disputas. Eu me lembro que antes da final contra o Flamengo tínhamos propostas para quatro jogadores titulares. Naquele momento, eu iria terminar o ano com superávit se tivesse vendido. Mas era muito importante a conquista. Tivemos que correr o risco – disse Julio Casares.
O presidente, no entanto, acredita que o cenário econômico do clube irá mudar com a criação do fundo de investimentos em direitos creditórios (FIDC), aprovado pelo Conselho Deliberativo do Tricolor.
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– Eu não tinha capacidade financeira nem o plano de recuperação que essas instituições, como Palmeiras e Flamengo, conseguiram ter. O passado deles vai ser o meu presente agora. O FDIC e outras ações em curso vão trazer ao São Paulo a necessidade de ser cada vez mais criativo na construção do elenco. Já avisei o conselho que no fim do ano vai ter déficit, mas com o fundo vamos ter tranquilidade. Ganhamos a Copa do Brasil, Estadual e a Supercopa. Foi uma aposta? Foi. Mas precisávamos fazer – afirmou.