Michel Bastos estava no meio de uma guerra com a torcida, era alvo praticamente abatido, quando o São Paulo resolveu montar uma força-tarefa para resgatá-lo. Michel sobreviveu e neste domingo deve reforçar o time na partida em Osasco, contra o Osasco Audax, às 18h30, pelo Campeonato Paulista.
O São Paulo identificou que o seu camisa 7 precisava de carinho e mais atenção. Isso aconteceu a partir do momento que a diretoria percebeu que é necessário tratamento diferente para diferentes “soldados”. A partir daí, os dirigentes passaram a agir para tirar o jogador da linha de frente dos protestos de torcedores, que contavam até com sósia ligando o camisa 7 ao consumo de álcool.
Uma demonstração do tratamento com o meia foi dado na última-quarta-feira, no duelo contra o River Plate (ARG), pela Libertadores. Após o jogo, o diretor de futebol Luiz Cunha entregou uma camisa comemorativa de 100 jogos do atleta pelo clube e declarou.
– O mais importante de tudo é ganhar um amigo, ter uma pessoa dentro do meu coração, que é esse grande jogador do São Paulo.
Um dos primeiros atos de Cunha no comando do CT foi ter uma conversa com Michel. Ressaltou a importância dele e que recusou ofertas de outros clubes, como o Santos e Internacional. Michel sentiu-se prestigiado. Antes, ameaçava sair do clube.
A torcida, por sua vez, entrou na onda. Michel saiu aplaudido do último jogo, ao ser substituído mesmo com atuação abaixo da média. A organizada agora apoia. E a relação, após o resgate, é de paz.
O São Paulo até cogitou envolver Michel numa possível troca com o Fluminense por Fred, mas as negociações não avançaram. Era uma oportunidade de negócio. Mas o foco sempre foi a recuperação do meia. Parece ter conseguido.