O São Paulo definirá o futuro do meia Michel Bastos nesta segunda-feira, em uma reunião no CT da Barra Funda. O jogador está abalado pela má fase técnica e física e, principalmente, por ter sido agredido por torcedores organizados na invasão ao CT no último dia 27. A diretoria tomará uma decisão em conjunto após ouvir o jogador. O técnico Ricardo Gomes relata uma péssima fase de Michel, e que isso não é bom para nenhuma das partes.
- Michel tem contrato com o clube, é bom jogador, conheço bem, mas não está vivendo uma boa fase mental. Já cheguei com ele em baixa de forma, estou tentando recuperar, conversamos bastante com ele, mas ele está em dúvidas com relação... Ele está com muitas dúvidas, a chegada do Marco (Aurélio Cunha, diretor-executivo) vai nos ajudar nisso. Ainda não conto com ele. Vai depender dessa reunião de amanhã (segunda), vamos decidir sobre o caso Michel. Tem qualidade, mas está num nível de performance que não é boa nem para o São Paulo nem para ele - disse Ricardo Gomes, após a vitória sobre o Figueirense neste domingo, no Morumbi.
Michel Bastos tem contrato com o São Paulo até dezembro de 2017. Se comunicar à diretoria que não quer mais jogar pelo clube, haverá uma dificuldade para seu futuro. Isso porque ele já disputou sete jogos no Campeonato Brasileiro e não pode atuar mais na competição por outro clube. Além disso, a janela de transferências internacionais está fechada na maioria dos grandes centros. O que fazer?
A intenção do São Paulo era levar a situação do jogador até o fim do ano e depois negociá-lo. A diretoria tentou envolvê-lo em uma troca com Rafael Marques, do Palmeiras, mas as negociações foram brecadas quando o palmeirense fez o sétimo jogo no Nacional.
Michel não foi relacionado para o clássico contra o Palmeiras e nem para o duelo deste domingo contra o Figueirense. O meia de 32 anos virou o principal alvo da torcida e não é de agora. Durante a Libertadores, também foi perseguido e teve seu nome associado ao consumo de bebidas alcóolicas.