São-paulino por seis horas, Getterson diz: ‘Naquela época não tinha noção’

Atacante concedeu entrevista ao jornal Estado de S. Paulo e tentou explicar as declarações no Twitter em que se declarou corintiano e chamou tricolores de 'bambi'

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Cerca de 24 horas após ser anunciado pelo São Paulo - e depois dispensado, o atacante Getterson falou pela primeira vez sobre o caso. O jogador de 25 anos contou em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo que já está a caminho de Curitiba para se reapresentar ao J. Malucelli e tentou explicar as postagens no Twitter que revoltaram os são-paulinos na última quarta-feira.

- Foi uma brincadeira que fiz com um amigo meu lá por 2010, 2011, quando eu tinha Twitter. Não tenho mais acesso, perdi a senha. Acabou acontecendo. Não mexo há mais de três anos. Não lembrava que existia. Conversei com a diretoria e decidimos me preservar e ao clube também. O torcedor não conseguia ver que sou outra pessoa. Hoje sou caso, tenho filho, sou profissional de verdade. Naquela época não tinha noção do que estava fazendo. Vou tentar recuperar a chance perdida na vida - lamentou.

Getterson diz ainda que a maior preocupação não era com a reação da torcida, mas sim com a forma como o São Paulo poderia resolver a situação. Afinal, as negociações começaram ainda durante o Campeonato Paranaense e a contratação passou por todos no Tricolor, do departamento de análise de desempenho à diretoria e o técnico Edgardo Bauza.

- Fiquei muito triste, abalou muito, me assustei com a repercussão. O clube estava me contratando pelo meu futebol, não pelo meu passado. Estava louco para vestir a camisa do São Paulo. Não tive a chance de mostrar quem sou de verdade. A negociação durou um bom tempo, não foi rápida. Esse fato do passado me prejudicou. Não tive acesso (às redes sociais) para não gerar nenhum constrangimento, mas minha mulher acompanhou e ficou preocupada, com medo de acontecer algo - contou.

Cueva e Getterson foram recebidos pelo São Paulo no CT da Barra Funda na tarde de quarta-feira (Foto: Juca Pacheco/saopaulofc.net)

O atacante reconheceu que não teria clima para jogar no Tricolor e que poderia "prejudicar o clube". Ele ainda explicou que o e-mail registrado no Twitter estava desativado e tornou impossível a exclusão da conta na rede social. Isso, porém, só aconteceu depois de Getterson não ter mencionado o Twitter quando questionado pelos funcionários do clube paulista.

- Falei que tinha Instagram e Snapchat. Foi um erro não ter lembrado, mas acontece. Estava realizando um sonho de jogar no São Paulo, que é grande como o Corinthians. O Ronaldo Fenômeno era meu ídolo, estava no Corinthians e aí falava disso com meus amigos. Tomara que Deus abra a porta para algo de bom. Minha mulher ficou chateada, mas estamos tranquilos - encerrou.

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