O treinador Hernán Crespo tem um problema difícil de lidar para montar a escalação do São Paulo para as próximas partidas. Sem contar com nenhum de seus laterais direitos, o argentino deve seguir apostando com Galeano, mas a opção traz riscos à equipe.
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Após a saída de Daniel Alves, o Tricolor passou a contar apenas com Orejuela e Igor Vinícius para a posição. Com a dupla, a situação parecia controlada, pois, com apenas uma competição para disputar, o número de opções para a lateral direita parece satisfatório.
Entretanto, Orejuela não está disponível, pois se recupera de lesão na coxa. Com isso, Igor Vinícius se tornou o único nome da posição. O camisa 2, porém, está fora das atividades da equipe devido a uma pancada no olho sofrida no jogo contra o Atlético-GO, no último domingo (19).
Assim, o nome da vez é Galeano. Atacante de origem, o atleta foi utilizado por Crespo como um ala direito em algumas oportunidades, o que o credenciou para se tornar uma alternativa para a lateral.
Entretanto, os fatores que o colocaram na ala mostram as fraquezas que não o permitem jogar como lateral. Como é de se esperar de um atacante, Galeano não tem muita qualidade defensiva, sendo melhor no apoio ao ataque. Segundo o FootStats, o paraguaio tem, apenas, seis desarmes em 10 jogos disputados.
Além disso, o posicionamento necessário para formar uma linha de quatro defensores não é um conceito que um atacante aprende tão rapidamente.
Com a recente mudança de esquema de jogo do São Paulo, partindo de um trio de zaga para uma linha de quatro, Galeano deixou de ser ala, o que é perigoso nos momentos defensivos onde ele é mais importante para a zaga e ineficiente nos momentos ofensivos, onde ele não pode apoiar como anteriormente.
Partindo da premissa de que uma formação sólida mantém, ao menos, três jogadores mais recuados durante os momentos de ataque, em uma linha de quanto esse papel costuma de ser de um dos laterais ou do volante.
Assim, Léo atuou algumas vezes como o lateral esquerdo da equipe, ficando na defesa como um zagueiro nos momentos de ataque. Esta alternativa pode ser uma solução para dar maior liberdade a Galeano.
Outra solução é manter Luan mais recuado, o que não é muito interessante pois o time perde um jogador que pode agregar na criação, além de impedir uma troca por um meia mais ofensivo dependendo do cenário do jogo.
Ainda sem contar com seus laterais e apostando em Galeano improvisado, o São Paulo recebe o líder Atlético Mineiro no próximo sábado (25), às 21h, no Morumbi, em partida válida pela 22ª rodada do Brasileirão.