Sonho desde a bola de gude: Valdívia chega ao São Paulo certo de sucesso

Meia-atacante veste a camisa 21, mostra ânimo para retomar auge e revela ansiedade maior do que a normal para estrear pelo clube que torcia na infância

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Valdívia recebeu a camisa 21 do São Paulo de Raí nesta sexta-feira e sorriu, classificando-se como "pokabeleza" e chamando o diretor executivo de futebol de "pokocharme". Foi com esse espírito que o sexto reforço do clube foi apresentado. E com a certeza de que, realizando o sonho que já tinha quando era criança em Jaciara, no Mato Grosso, retomará o auge da carreira.

- Agradeço a Deus e a todos. Vivo um sonho. Meus primos são-paulinos sempre me falaram para torcer pelo time, e sempre tive esse carinho. Eu jogava bola de gude, nem futebol olhava. E estou com essa oportunidade que eu, quando não era nada, só uma criança, já queria. Nem tinha condição de ter camisa do São Paulo, agora terei de sobra. Que seja uma caminhada muito boa. Espero ser muito feliz - disse o jogador de 23 anos.


Antes de entregar o uniforme ao meia-atacante, que foi emprestado pelo Inter até dezembro, Raí destacou que o Tricolor é capaz de recuperar o potencial de Valdívia. E o jogador tratou de deixar para trás qualquer prejuízo físico pela cirurgia no joelho esquerdo, em novembro de 2015, acreditando até que foi bem no Atlético-MG, embora o clube mineiro tenha preferido abrir mão de seu contrato até maio para economizar salários de um reserva.

- Venho trabalhando forte. No ano passado, tive uma temporada muito boa, mas gols não saíram. Na minha função tática, fui bem. É trabalhar, pensar positivo, só mentalizar coisas boas que fiz e tenho qualidade para fazer. No São Paulo, tenho certeza de que vai dar certo, um ano diferente para mim e para o São Paulo. É a primeira vez que fico mais ansioso, não vejo a hora de estrear - explicou.

- A lesão atrapalhou, mas não caí como falam. Os gols não saíram, isso pode ser cobrado. Sou brincalhão fora de campo, mas sou Valdívia porque sempre fiz por merecer dentro das quatro linhas. Sou acostumado a fazer golaço,e es á difícil fazer gol feio. Mas vou tentar fazer gol feio - sorriu, ciente de que viveu altos e baixos e precisa retomar seu auge na carreira.

- É muito difícil dizer. As coisas acontecem muito rápido. estou no sexto na carreira e já aconteceu de tudo, já foi lá em cima, já fui o "pokopika", depois tive lesão, e, hoje, estou no meio, junto com o São Paulo, um clube muito grande. Será um ano diferente para mim e para o São Paulo. Vou me doar ao máximo, com tudo que já fiz. A confiança que a diretoria passou é importante. Na diretoria, tem pessoas que jogaram futebol, fica mais fácil, entendem nosso lado, só que a cobrança é até maior, ficam mais perto. Preciso estar bem. Vim um pouco desacreditado, mas comissão técnica, diretoria e jogadores confiam, e também confio, isso que importa. Agora é ser feliz.

Confira outros temas abordados por Valdívia em sua apresentação:

Cirurgia no joelho esquerdo em 2015
Sempre falam da contusão, e sempre falo que lesão é ruim, ainda mais que eu estava no auge, tão novo, fazendo gols. Atrapalhou, claro, fiquei oito meses parado, tem um ano e meio que voltei, completa hoje. Depois da lesão, treinei mais, antes não treinava muito, procurei trabalhar mais a parte física e estou muito bem, sem dor nenhuma. Trabalho no São Paulo será bom. É pensar em coisas boas e fazer o que preciso em campo. 

Recepção no São Paulo
Falei com Rodrigo Caio antes, e ele falou que seria bom para mim, que seria bem recebido, como fui. Pessoal muito gente boa. tenho amizade de Whatsapp, na resenha, também com Nenê. Sou muito brincalhão fora, então pega muito rápido, jogador é da resenha. É entrosar em campo para que as coisas fluam.

Posição
Eu me destaquei na beirada, com Diego Aguirre na Libertadores. Faço bem, recompondo e atacando, bem preparado faço bem. Mexendo, vou para o meio. O importante é jogar, mas fico bem mais feliz do lado.

Objetivos na carreira
Meu objetivo é pensar onde estou e o que o clube precisa, e eu também. Preciso de gols e jogar. Não vou chegar jogando, tem disputa sadia, e clube precisa de títulos. Espero ajudar muito. Nem penso lá na frente. Penso hoje, na partida que vem, e a cada partida ir melhorando. No final do ano, penso a longo prazo. É fazer o futebol que pretendo fazer aqui, dar o meu melhor, porque as coisas vão aparecer. Não dá para pensar lá na frente no futebol. É pensar hoje e deixar acontecer.

Não chegar jogando
É treinar, né? Jogador que estiver bem, pelo que entendo, vai jogar. Vou chegar, estou treinando bem, bem confiante com companheiros. É brigar pelo meu espaço, abaixar a cabeça e trabalhar. Quando as coisas estão erradas, é trabalhar para dar certo. fazendo isso, vai dar certo.

Aval de Dorival

Mais responsabilidade, mas mais confiança para desenvolver bom futebol, que todos já viram. Mas não quer dizer que vou jogar. Ele pediu e vou ter de mostrar que estou bem para jogar.

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