Em tarde de ideias que deram errado, inquietude faz Tricolor ser aplaudido
Estratégia inicial de Cuca só deu certo até o Flamengo abrir o placar, logo no começo do jogo, mas técnico e time não se contentaram e foram buscar a igualdade na marra
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Walce, jovem de 20 anos que fez sua estreia pela equipe profissional do São Paulo neste domingo, simboliza o que foi a atuação da equipe no empate por 1 a 1 com o Flamengo.
Em 45 minutos, ele já havia jogado na lateral direita, no meio de campo e na zaga, em uma clara demonstração de que as ideias de Cuca para a partida não haviam dado certo e também de que o treinador e o time não aceitariam a derrota e o desempenho abaixo da média com facilidade.
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Em uma tarde de falhas coletivas e atuações individuais fracas (Liziero, talvez pela falta de ritmo, fez uma de suas piores partidas desde que estreou), o time foi aplaudido pela torcida após somar apenas um ponto diante de um Flamengo repleto de reservas. Uma prova de que, apesar do resultado ruim em termos de campeonato, o são-paulino gostou do que viu em termos de entrega.
Cuca mexeu em duas peças em relação à vitória por 2 a 1 sobre o Goiás, no meio da semana. Walce entrou no lugar do suspenso Igor Vinícius na lateral-direita e Liziero retornou ao meio de campo, com Everton no banco. Até o gol de Berrío, em falha de Bruno Alves e Anderson Martins, o time funcionava, com ultrapassagens, tabelas e muito volume de jogo. Depois, o São Paulo virou uma metamorfose ambulante, tentando achar a melhor maneira de dominar o Flamengo.
Primeiro, Cuca trocou as posições de Hudson e Walce. Depois, com meia hora, foi obrigado a sacar o machucado Alexandre Pato - que, ao contrário da partida em Goiânia, sofria para encontrar uma posição para jogar - e acionou Everton. Aos 40 do primeiro tempo, Hernanes já estava em campo na vaga de Anderson Martins (que já tinha amarelo), com Walce na zaga. Nada parecia dar certo.
O Tricolor voltou para o segundo tempo disposto a amassar o Flamengo, e conseguiu, visto que passou o tempo todo com a bola no pé. Mas havia alguns empecilhos a serem superados, como o cai-cai do adversário, a imensa quantidade de rubro-negros posicionados à frente da área, as finalizações ruins e a ausência de um jogador perto do gol para aproveitar um dos vários cruzamentos que não acharam ninguém.
Cuca continuou inquieto, fugindo do óbvio como é sua característica. Tirou Reinaldo, colocou Everton na lateral esquerda e acionou Helinho. O São Paulo tinha, ao mesmo tempo, Antony, Toró, Helinho, Everton, Hernanes, Tchê Tchê e Liziero em campo, todos com qualidades ofensivas. Era a aposta final. O gol tinha que sair, nem que fosse na marra.
E assim foi, aos 37 do segundo tempo, em um lance em que o São Paulo povoou a área adversária o quanto pôde e viu o seu melhor homem em campo ser premiado. Tchê Tchê deixou tudo igual e amenizou um tropeço dentro do Morumbi. De positivo, fica a busca incessante por um resultado melhor, algo que começa a identificar este atual Tricolor.
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