O São Paulo espera reiniciar o Campeonato Paulista, na próxima quinta-feira, sem nenhum ruído com o elenco sobre questões financeiras. Mesmo que tenha havido descontentamento de jogadores com algumas decisões após o início da pandemia, a diretoria avalia que a relação com eles é boa e que o assunto está bem próximo de ser resolvido.
A primeira atitude do São Paulo após a paralisação do futebol foi suspender 50% dos salários dos atletas e congelar os direitos de imagem. Isso contrariou parte do grupo, que gostaria de negociar um acordo de redução salarial só quando todas as pendências anteriores fossem quitadas. O clube acabou colocando a medida em prática mesmo assim.
Houve mais um foco de insatisfação em junho, quando alguns jogadores reclamaram de ter recebido o salário com cortes ainda maiores do que o combinado. Além disso, outros pagamentos acabaram atrasando, como a primeira parcela dos direitos de imagem de Daniel Alves, que venceria em abril.
Em julho, porém, a situação financeira do São Paulo começou a melhorar. Além da primeira parcela da venda de Antony para o Ajax (pouco mais de 9 milhões de euros), a venda de Gustavo Maia ao Barcelona (4,5 milhões de euros à vista) e o contrato de patrocínio fechado com a iSURE para as costas da camisa (R$ 5 milhões) permitiram que a diretoria começasse a colocar as pendências em dia.
Algumas, como a de Daniel Alves, já estão quitadas. As outras serão equacionadas nos próximos dias, conforme prometido pelos dirigentes aos jogadores nesta semana.
A partir daí, será possível reunir o grupo e chegar a um acordo sobre os salários daqui até o fim do ano. A tendência é de que o corte se mantenha, não necessariamente com o percentual de 50%. Além disso, o clube também precisa alinhar com os atletas se haverá e como será feito o ressarcimento dos valores que foram suspensos durante a pandemia. A ideia inicial era devolver tudo de forma parcelada em um momento futuro.