Que o São Paulo não conquista um título de expressão há dez anos e desde então vive uma profunda crise financeira e administrativa que culminou em presidente renunciando e cerca de R$ 700 milhões em dívidas, todo torcedor sabe... Mas se há um motivo para que o clube do Morumbi passe longe de descer degraus na prateleira do futebol brasileiro como alguns rivais (Cruzeiro e Vasco, por exemplo), esse passa muito pelo tino comercial do Tricolor, que mesmo nos piores momentos em campo segue afiado e alça a agremiação como a que melhor faz negócios no país.
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+ Confira como estão as negociações para renovações de contratos do elenco do São Paulo para a próxima temporada
Enquanto arquirrivais diretos, como Santos, Palmeiras e Corinthians vivem às turras com atletas saindo de graça, empréstimos com salários pagos e vendas corridas, o Tricolor se apoia na capacidade reveladora de Cotia para ostentar números altos nas negociações, capazes de segurar as pontas nas contas.
E isso vai muito além da surpreendente quantia de R$ 100 milhões que o São Paulo abocanhará com a venda de Antony do Ajax, da Holanda, para o Manchester United, da Inglaterra.
Na abertura da janela, o Tricolor já conseguira vender Gabriel Sara ao Norwich, da segunda divisão inglesa, por aproximadamente R$ 60 milhões, em negociação que pode render mais R$ 15 milhões caso metas sejam cumpridas.
É a maior quantia obtida por um clube brasileiro no ano. E isso com um jogador de 24 anos que se recuperava de cirurgia. O que torna o feito mais impressionante se comparado com as negociações de Gabriel Veron (do Palmeiras para o Porto, de Portugal) e Luiz Henrique (do Fluminense para o Bétis, da Espanha).
No início do ano, o planejamento do Tricolor previa a arrecadação de R$ 142 milhões em negociações. Uma forma de tentar manter o balanço financeiro equilibrado diante das dívidas. Somente Antony e Sara atingiriam o valor estabelecido. Contando tudo, entretanto, o clube fechará a temporada com R$ 235,3 milhões angariados por esse meio.
CONFIRA TODAS AS NEGOCIAÇÕES DO SÃO PAULO NO ANO:
HELINHO
Bragantino
R$ 24 milhões
Emprestado ao clube do interior, agradou por lá e acabou tendo a opção de compra com preço fixado exercida
TCHÊ TCHÊ
Botafogo
R$ 4 milhões
Depois de passagem pelo Atlético-MG por empréstimo, acabou vendido ao Botafogo em um negócio comemorado pelo fato de seu contrato estar acabando e não haver interesse na renovação.
JEAN
Cerro Porteño
R$ 6,1 milhões
O goleiro acabou negociado após polêmica envolvendo sua vida pessoal.
TIAGO VOLPI
Toluca
R$ 7,6 milhões
Outro goleiro que acabou saindo em baixa no Morumbi. Sem aceitar a reserva, foi para o futebol mexicano.
GABRIEL SARA
Norwich
R$ 60 milhões
O meia foi a maior venda do futebol brasileiro na janela, em um negócio que pode chegar a mais R$ 15 milhões caso algumas metas sejam cumpridas.
MARQUINHOS
Arsenal
R$ 18,5 milhões
Mais uma cria de Cotia vendida. O valor, baixo, foi justificado pela diretoria com o fato do contrato do atacante estar em fim de contrato e pode sair de graça.
RIGONI
Austin FC
R$ 21 milhões
Em queda brusca de rendimento, argentino acabou negociado pelo mesmo valor quase que custou aos cofres tricolores.
LUCAS PERRI
Botafogo
R$ 1,8 milhão
Mais um goleiro que não agradou e acabou vendido aos cariocas após passagem por empréstimo no Náutico.
NEGOCIAÇÕES PELO MECANISMO DE SOLIDARIEDADE
TUTA
Eintracht Frankfurt
R$ 7,8 milhões
O valor é referente à venda definitiva do São Paulo aos alemães pelos 30% dos direitos federativos.
BREMER
Juventus
R$ 1,7 milhão
Valor arrecadado pelo Tricolor com a ida do zagueiro para a Velha Senhora após ser comprado junto ao Torino, também da Itália.
DAVID NERES
Benfica
R$ 2,8 milhões
Valor referente à compra do atacante pelos portugueses junto ao Ajax, da Holanda.
ANTONY
Manchester United
R$ 100 milhões
Além do valor pelo mecanismo de solidariedade, o Tricolor ainda mantinha porcentagem sobre o jogador, acordado na sua ida para o Ajax, da Holanda.
CASEMIRO
Manchester United
R$ 13 milhões
O volante da Seleção surpreendeu ao deixar o Real Madrid, da Espanha, pelo clube inglês. Melhor para o São Paulo.
JOGADORES QUE DEIXARAM O MORUMBI DE GRAÇA
Jonas Toró
Panathinaikos
Contrato estava acabando e Tricolor aceitou a liberação antecipada em troca de manter 20% dos direitos federativos do atacante.
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