Tiago Cabral era um dos 250 emocionados lusitanos com a volta dos clássicos (Foto: Rafael Ribeiro/LANCE!)
Sete anos. Um período grande de tempo. Quase uma década. O que você planeja fazer com esse tempo? Para os cerca de 250 torcedores da Portuguesa que estão no Morumbi na noite desta quinta-feira (26), para acompanhar o jogo da Rubro-Verde contra o São Paulo, os 84 meses de espera são coroados agora, com a volta da Lusa aos confrontos com seus principais rivais.
As lembranças - e agora são exatamente isso, só lembranças - que machucam ficaram para trás. Foi nesse mesmo Morumbi que em 8 de abril de 2015 a Rubro-Verde perdeu por 3 a 0 para o mesmo São Paulo e se despediu da elite estadual. Parecia ser uma passagem rotineira pela Série A-2, uma entre tantas que o clube se acostumou neste século. Mas o tempo foi passando, passando... E os sete anos hoje são visto com emoção para quem esperou e teve acima de tudo fé que esse momento, de enfrentar os grandes, voltaria a acontecer.
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- É a realização de um sonho sim. Passamos tanto tempo no calvário que parecia que isso nunca mais aconteceria. É uma emoção muito grande poder entrar no Morumbi de novo para um jogo. Tem muito torcedor que não sabe mais o que é isso - disse o historiador Tiago Cabral, na porta do estádio são-paulino.
O analista de sistemas Douglas Menezes, 18 anos, teve o azar de conseguir ter idade suficiente para frequentar estádios sozinho quando o time, amor herdado do pai, um comerciante português da Mooca (zona leste), batia seguidamente na trave nas tentativas de acesso à elite. O sonho, banal para fãs de outras equipes, era o de ver um clássico ao vivo. Por isso não segurou a emoção ao chegar no Morumbi nesta quinta.
- É o meu maior momento como torcedor da Portuguesa. Assim que conquistou o acesso ano passado tratei de ver o site da Federação (Paulista) todo dia para ver a tabela e já me programar para ir nos clássicos.
Uma pena aos torcedores é que a expectativa não parece ter sido a mesma da diretoria. Contra o Corinthians, único clássico da Lusa marcado para o Canindé, o mando de campo foi vendido a um grupo de mídia e transferido para Brasília (DF). Portanto, matar a saudade dos jogos contra os grandes, só como visitante mesmo, situação que irrita a maioria dos torcedores ouvidos pelo LANCE!.
Nada, contudo, que tire a empolgação da fanática massa rubro-verde, empolgada com o retorno do convívio entre os grandes.
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