Tricolor se acostuma a ir da euforia à crise com Diniz e busca equilíbrio
As melhores partidas do São Paulo sob o comando de Fernando Diniz foram seguidas de atuações apáticas e derrotas dolorosas. Elenco elege oscilação como maior vilã
As três melhores atuações do São Paulo sob o comando de Fernando Diniz foram seguidas de atuações preocupantes e derrotas. O Tricolor perdeu para o Cruzeiro após vencer o clássico contra o Corinthians, perdeu para o Palmeiras após vencer o Atlético-MG e perdeu para o Fluminense após vencer a Chapecoense. Essa oscilação tirou a equipe do G4 do Brasileirão, ligou o sinal de alerta e aumentou a pressão para as sete rodadas finais.
- Não pode ter uma euforia quando ganha e ao mesmo tempo não podemos nos fazer de coitados quando perdemos. Tem que ser maduro o suficiente para ser uma equipe regular. Manter a tranquilidade e o pé no chão quando ganha e da mesma forma quando perde. Se a gente quer estar na Libertadores do ano que vem, tem que encarar esses últimos sete jogos como sete finais e parar de ter essas oscilações que não vão levar para lado nenhum - disse o goleiro Tiago Volpi.
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- Entender, a gente não entende. A gente veio de uma grande vitória contra a Chapecoense, em um lugar difícil de se jogar (a Arena Condá). Por mais que a Chapecoense se encontre em zona de rebaixamento, a gente sabe que é difícil jogar lá. A gente faz 3 a 0 e depois acaba perdendo em casa. Essa tem sido a tônica praticamente desde o começo do Campeonato Brasileiro, por mais que a gente estivesse se mantendo na zona de Libertadores. A gente tem oscilado, não tem sido uma equipe regular. Para quem quer conquistar coisas importantes o mais necessário é ser regular. Restam sete finais agora para a gente e a gente precisa dar resultado. Agora é concentrar, porque a gente tem um jogo muito importante contra o Athletico - emendou o camisa 23.
Fernando Diniz admite que o desempenho de sua equipe varia muito e que, nas três derrotas sob seu comando, foi muito fraco. Na quinta-feira, por exemplo, o time praticamente não ameaçou o Fluminense após tomar 2 a 0 ainda no primeiro tempo.
- Eu não estou extremamente preocupado, eu confio no trabalho, confio nos jogadores. Não podemos achar que perder (para o Fluminense) fazendo uma partida ruim é motivo de preocupação. A gente tem que ter ciência da posição que está no campeonato, que a gente precisa pontuar, precisa melhorar muito o rendimento. Eu tenho esse tipo de preocupação, de melhorar o rendimento do time em relação ao que foi a partida contra o Fluminense. Contra a Chapecoense, principalmente no primeiro tempo, a gente fez um jogo muito bom. Ganhar lá em Chapecó do jeito que a gente ganhou não é das coisas mais fáceis - analisou o comandante.
- Se você pegar as partidas contra Fluminense, Cruzeiro e Palmeiras, é uma coisa. Mas contra a Chapecoense a gente fez três gols e poderia ter feito quatro, cinco, seis, então a equipe criou. Contra o Avaí a gente ganhou de 1 a 0, mas também criou chances de fazer gols. Contra o Corinthians a gente fez um jogo ok e teve chance de fazer mais de um gol também. Contra o Fluminense eu concordo que a gente teve muita dificuldade, foi um jogo específico em que a equipe teve dificuldade para criar, não só para concluir.
O São Paulo enfrenta o Athletico-PR neste domingo, às 16h, no Morumbi, e depois ainda terá pela frente Santos (fora de casa), Ceará (fora de casa), Vasco (casa), Grêmio (fora de casa), Internacional (casa) e CSA (fora de casa). O Grêmio, que neste momento ocupa o quarto lugar, tem um ponto a mais.
- Oscilar nunca é normal. A gente sempre busca ser uma equipe equilibrada, porque isso é o que vai te manter perto dos objetivos. Temos que saber que somos uma equipe que oscila muito, sobretudo no mental. A gente tem que melhorar, tem que ter a frieza de ter o controle sobre si, senão gera a instabilidade - completou Daniel Alves.