A eliminação do São Paulo no Campeonato Paulista foi dolorida. O time estava com a classificação para a final encaminhada até os 47 minutos do segundo tempo, mas levou o gol do Corinthians nos acréscimos e, depois, foi derrotado nos pênaltis. Apesar da dor do revés para o maior rival, o técnico Diego Aguirre acredita que o Tricolor dará a volta por cima ao longo da temporada.
- É dura (a derrota) porque estivemos muito perto, mas é assim no futebol e temos que reconstruir coisas a partir da dor que temos porque estamos sofrendo. Vamos treinar muito e acho que vamos fazer um São Paulo forte, aguerrido para termos muitas alegrias ao longo do ano - disse o treinador são-paulino momentos após a derrota para o Corinthians.
Terminado o Paulistão para o São Paulo, a equipe volta a campo apenas na primeira semana de abril, quando mede forças com o Atlético-PR pela quarta fase da Copa do Brasil. Até lá, o comandante da equipe terá muito trabalho para fazer, embora reconheça que houve melhora no time nos últimos jogos.
- Muita coisa tenho para fazer. O futebol é muito dinâmico. Parece que tenho muito tempo aqui, mas tenho só 10 dias no São Paulo. Melhoramos defensivamente e sabemos que vamos melhorar no campo. Precisamos ser fortes para jogarmos o que temos na frente. Aprender com a derrota e trabalhar - afirmou o treinador.
Apesar do pouco tempo de trabalho (quatro jogos, com duas vitórias e duas derrotas), o treinador uruguaio fez questão de ressaltar as circunstâncias da eliminação. Pela forma como foi a partida, o sentimento não poderia ter sido outro, senão tristeza.
- Foi uma derrota dura porque estivemos muito perto nos dois jogos, no Morumbi e aqui (Arena Corinthians). Acho que poderíamos ter classificado. O futebol tem essas coisas. Fica uma sensação de tristeza, mas estamos começando um trabalho. Começando a dar identidade ao time. Precisamos tirar conclusões positivas, mesmo que perdendo - concluiu.
Confira outros trechos da entrevista de Diego Aguirre:
Como foi a conversa com Fábio Carille? A desavença foi encerrada?
Tudo tranquilo, tudo bem. Um gesto de cortesia (treinador corintiano levou a escalação de sua equipe no vestiário do São Paulo antes do início da partida) que eu aceitei. Não estava pensando nisto em nenhum momento. Não tem nada para falar. Acabou. Vamos pensar adiante.
O Liziero foi um dos melhores jogadores do São Paulo, mas acabou errando o pênalti que sacramentou a ida do Corinthians para a final do Paulistão. Pode comentar sobre isso?
É um jogador espetacular. Nos pênaltis, erram os craques. Ele é um jogador de alto nível e temos que parabenizar ele porque não é fácil ser um menino e jogar jogos tão importantes. Foi muito bem. Nem dá para falar sobre os pênaltis.
Por que o São Paulo ficou tão recuado no segundo tempo?
Sim, nós ficamos, mas não foi porque quisemos fazer isso. O adversário tem uma experiência, tem uma ideia de jogo muito clara. É um time que joga junto tem muito tempo. Eles foram controlando a bola e foram defendendo. Eu gostei de que o time foi um pouco para frente, mas não foi possível conquistar a classificação.
Qual será o foco do trabalho realizado no São Paulo nos próximos meses?
Talvez os mais jovens precisam de mais experiência para esses jogos. Tenho vivido muitas situações em que perdi e ganhei desse jeito, mas temos que estar juntos e pensar nas coisas que vem pela frente, que são muito importantes. São Paulo tem uma grande história, um peso e uma obrigação de ser protagonista. Temos que pensar nisso.