Veja 5 legados que a campanha do vice estadual deixa para o São Paulo
Tricolor fica sem o título, mas reta final da campanha deixa boas perspectivas para o segundo semestre. A partir de sábado, clube pode ter seus reforços à disposição
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O título paulista escapou, mas a campanha do vice-campeonato fez com que o São Paulo passasse a ter boas perspectivas para o restante da temporada. O Brasileirão começa para a equipe no sábado, às 16h, contra o Botafogo, no Morumbi, e Cuca já sinalizou que tratará essa competição como prioridade.
Abaixo, o LANCE! lista cinco legados deixados pelo Paulistão. Se bem aproveitados, podem fazer o clube brigar por outras taças.
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Os garotos de Cotia
O primeiro grande jogo do São Paulo no Estadual foi a vitória por 2 a 1 sobre o Ituano, no Morumbi, há um mês, já pelas quartas de final. Aquela foi a primeira vez que o torcedor viu Luan, Liziero, Igor Gomes e Antony jogando juntos na equipe profissional. E os quatro imediatamente se converteram na base do time, a ponto de a diretoria se planejar para tentar manter todos eles pelo menos até dezembro.
Três deles nem estavam à disposição da comissão técnica quando o campeonato começou: Antony foi "emprestado" ao time sub-20 para disputar - e vencer - a Copa São Paulo Júnior, competição da qual foi o grande destaque, enquanto Igor Gomes e Luan estavam com a Seleção Brasileira sub-20 no Sul-Americano da categoria. Liziero começou 2019 já na equipe de cima e como forte candidato a ser titular, mas lesionou o tornozelo no início do Paulistão e só retornou nos mata-matas - jogou as quartas, a semi e voltou a se machucar às vésperas da final, desta vez na coxa, reacendendo uma preocupação antiga do clube com a sua condição física aparentemente frágil.
Liziero não deve enfrentar o Botafogo, no sábado, e Luan possivelmente também ficará fora - sentiu uma fisgada na final e fará exames nesta terça. Igor Gomes e Antony muito provavelmente seguirão no time titular, até porque o primeiro foi o melhor do time contra o Corinthians e o segundo marcou o gol tricolor em Itaquera.
Hudson na lateral
A lateral direita foi um das grandes dores de cabeça do São Paulo ao longo do Paulistão. Bruno Peres não agradou, não tem sido utilizado e provavelmente deixará o clube no meio da temporada, mesmo que esteja emprestado pela Roma (ITA) até dezembro. O jovem Igor Vinícius até teve algumas atuações interessantes, como no 1 a 1 com a Ferroviária, mas apresentou dificuldades defensivas e também não se consolidou na equipe titular.
A solução encontrada por Cuca e Vagner Mancini (que estava dirigindo a equipe interinamente na época) não chega a ser uma novidade: Hudson já havia atuado nessa posição, com bom rendimento, em outras temporadas, sobretudo com Muricy Ramalho. Com ele por ali, o São Paulo ganhou segurança defensiva pela direita, que deixou de ser uma dor de cabeça.
É possível que o clube vá ao mercado em busca de um novo jogador da posição se a saída de Bruno Peres for confirmada, mas Hudson será titular na parte inicial do Brasileiro. Tchê Tchê é outro volante que pode jogar pelo lado.
Cuca
Inicialmente, o técnico só iniciaria seu trabalho no São Paulo no dia 15 de abril ou quando terminasse a participação da equipe no Paulistão. Como o Tricolor chegou à decisão, ele só colocaria a mão na massa efetivamente a partir desta semana, que antecede a estreia no Brasileirão.
Liberado pelos médicos, Cuca resolveu antecipar o início de seu trabalho de campo e dirigiu o São Paulo nas três últimas partidas do Paulistão. Vagner Mancini, que agora voltará a ser coordenador técnico, trabalhou como um auxiliar, função que passará a ser ocupada por Cuquinha durante as partidas.
Nesses três jogos em que dirigiu a equipe, Cuca já acionou 18 jogadores diferentes, o que lhe dá uma boa ideia de como poderá usar o elenco ao longo do Brasileirão. O clube aposta muito no técnico para fazer um bom segundo semestre.
A confiança da torcida
O torcedor do São Paulo, que protestou diversas vezes contra os jogadores ao longo do Paulistão, depois da eliminação diante do Talleres (ARG) na Libertadores, terminou a competição jogando ao lado da equipe. O jogo de ida da final contra o Corinthians bateu o recorde de público do torneio: 58.713.
Na segunda-feira, dia seguinte à derrota na decisão, o clube publicou um texto exaltando a identificação da equipe, repleta de joias formadas em casa, com a torcida.
Os reforços
Pato, Tchê Tchê e Vitor Bueno chegaram ao São Paulo após o período de inscrições no Paulistão e não puderam jogar, mas aproveitaram o período para treinar e é possível que todos estejam disponíveis para enfrentar o Botafogo - precisam, também, aparecer no BID, algo que só aconteceu com Tchê Tchê até o momento.
Tchê Tchê chega como homem de confiança de Cuca e será uma nova opção para o meio de campo, setor que ficou muito prejudicado nas ausências de Liziero e Hernanes, que sofreu com problemas físicos ao longo do Estadual. Pato, como Cuca adiantou, será usado como centroavante, outro setor que sofreu na reta final, com Pablo machucado.
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