Zagueiro se destaca, mas ‘sombra’ de Aidar atrapalha volta ao São Paulo

Iago Maidana foi um dos jogadores mais elogiados na Série B e os paranistas já anunciaram que o querem por definitivo; diretoria tricolor ainda não tomou uma decisão 

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Destaque do Paraná, o zagueiro Iago Maidana está cheio de moral após ajudar a recolocar o clube de Curitiba na Série A do Brasileirão depois de uma década inteira jogando a Segunda Divisão. Mesmo com o bom futebol, o defensor pode não retornar ao São Paulo ao fim de seu contrato de empréstimo. Tudo isso por conta do episódio envolvendo o ex-presidente Carlos Miguel Aidar.

Os paranistas, que terão o atleta por empréstimo até o dia 31 de dezembro, informaram que pretendem contar com o jogador para a próxima temporada e que estão dispostos a abrir negociações. Por sua vez, o São Paulo, com quem Maidana possui contrato até setembro do ano que vem, não se posicionou quando foi procurado pelo empresário do atleta e tampouco abriu as conversas, deixando as dúvidas no ar.

Como os curitibanos já garantiram o acesso à elite de forma antecipada e o Tricolor se livrou do rebaixamento à Série B duas rodadas antes do fim do Brasileirão, os clubes devem iniciar as negociações apenas agora, restando pouco mais de um mês para o término do vínculo de Maidana com o Paraná. No entanto, mesmo que o São Paulo se mostre animado para ter o jogador de volta, o clima é negativo para que isto ocorra.

Apesar de saber que perderá o uruguaio Lugano ao fim da temporada e que Maidana poderia ser um bom nome na composição do elenco para 2018, os gestores do São Paulo temem que o retorno do atleta possa trazer à tona o caso, ocorrido em 2015, que culminou na renúncia do ex-presidente Carlos Miguel Aidar.

Na época, Maidana havia sido vice-campeão mundial com a seleção brasileira sub-20 e se destacava no Criciúma. Ele foi comprado por R$ 800 mil por uma empresa chamada Itaquerão Soccer. Depois, foi inscrito no Monte Cristo, clube da Terceira Divisão de Goiás, e vendido ao São Paulo na sequência por R$ 2 milhões, referentes a 60% de seus direitos. O caso chamou a atenção da Fifa e acabou resultando em uma grave crise política no Tricolor.

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