Recente pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), sob encomenda da biofarmacêutica Takeda, aponta que 65% dos brasileiros têm baixa qualidade de sono e que somente 7% das pessoas nessa condição procuram profissionais médicos quando têm dificuldades para dormir. Além disso, 34% dos entrevistados indicaram ter insônia e apenas 21% disseram ter o diagnóstico da doença.
A melatonina está dentro da categoria de produtos destinada à complementação da dieta de pessoas saudáveis com substâncias presentes nos alimentos, incluindo nutrientes e substâncias bioativas. A substância pode ser encontrada em pequenas concentrações nos alimentos, incluindo kiwi, morango, cereja, uva, banana, abacaxi, laranja, mamão papaia, manga, tomate, azeitona, cereais, vinhos, carne (frango, carneiro, porco), leite de vaca e outros produtos alimentícios. Mas também pode ser produzida sinteticamente.
De acordo com Alessandra Feltre, nutricionista da Puravida, a melatonina, também conhecida como hormônio do sono, é o principal sincronizador do relógio biológico central, mas também dos relógios biológicos periféricos localizados na glândula adrenal fetal, pâncreas, fígado, rim, coração, pulmão, tecido adiposo e intestino, permitindo a organização temporal das funções biológicas por meio dos ritmos circadianos que são ciclos de 24 horas, ou seja, de um dia.
“Ela é produzida na nossa glândula pineal favorecendo o sono. Entretanto, outros tecidos, como o trato gastrointestinal, produzem uma quantidade ainda mais elevada de melatonina para proteger as mucosas do estresse oxidativo”, explica.
Ainda de acordo com a nutricionista, quando o assunto é saúde de atletas e esportistas, a melatonina assume um protagonismo que vai além da função na redução do risco de lesões. Já que os estudos comprovam que indivíduos que dormem mal, que não fazem 5 a 6 ciclos de sono durante uma noite e não garantem pelo menos de 7 a 8 horas de sono, dobram as chances de sofrerem lesões durante a prática esportiva.
“É que no contexto da recuperação, a melatonina produzida no intestino, que chega a ser 300 x mais do que a produzida pela glândula pineal, tem ação imunoestimulante na mucosa intestinal. O que é extremamente importante, pois a melatonina age como grande agente imunoestimulante para a saúde intestinal dos atletas, reduzindo assim as chances de hipoperfusão intestinal, uma das queixas recorrentes entre os praticantes de exercícios aeróbicos, sobretudo de longa duração, a exemplo de ciclistas, corredores e triatletas”, revela Alessandra.
A boa notícia é que para aqueles que sofrem com a dificuldade de ter um sono reparador, existem alguns suplementos à base de melatonina que trazem entre seus benefícios a manutenção de um sono equilibrado, a exemplo do suplemento sublingual, em gotas e de fácil absorção desenvolvido pela Puravida, que ainda contém um aroma suave de maracujá. É destinado exclusivamente a pessoas com idade igual ou maior que 19 anos e para o consumo diário máximo de 0,21 mg, segundo recente portaria instituída pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“Vale lembrar que sua suplementação só deve acontecer, quando há um baixo consumo de seus precursores, como o aminoácido triptofano, vitaminas do complexo B, magnésio, ferro e zinco ou pelo próprio processo de envelhecimento, em que se há um declínio fisiológico da síntese de melatonina. As doses devem ser prescritas por profissionais de saúde e podem ser utilizadas para efeitos terapêuticos, visando modular o estresse oxidativo e a saúde cerebral, ressalta.
A insônia ou dificuldade para dormir é um problema que atinge pessoas de todas as idades e classes sociais. Apesar de ser um problema comum, que afeta concentração e memória, além de aumentar o risco de ter pressão alta, doença coronariana, diabetes e câncer, poucas pessoas procuram o diagnóstico correto e, em consequência, seu tratamento. Entre outras consequências desse processo podem acontecer apneia e sonambulismo.