As lesões no joelho mais comuns em jogadores de futebol

Médico fala sobre um problema corriqueiro no esporte

imagem cameraCoutinho se recupera de lesão (Pau Barrena/AFP)
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Lance!
Rio de Janeiro
Dia 13/05/2021
18:23
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Maior articulação do corpo humano, o joelho exerce uma função importantíssima para os jogadores de futebol: é ele o grande responsável por sua mobilidade. Porém, é o joelho também um dos grandes causadores do afastamento dos atletas dos campos. Nos últimos dias, seis importantes nomes do esporte nacional e internacional ficaram fora de jogos por diferentes problemas na articulação: Mateus Vital (Corinthians), Phillippe Coutinho (Barcelona), Sandry (Santos), Robert Lewandowski (Bayern de Munique) e David Luiz (Arsenal). E tantos outros futebolistas já tiveram suas carreiras interrompidas ou até mesmo encerradas por uma lesão na região.

Mas, por que as lesões no joelho são tão comuns em jogadores de futebol? De acordo com Pedro Baches Jorge, ortopedista, especialista em joelho e médico do Esporte da Clínica SO.U, os problemas mais comuns na articulação dos jogadores podem ter como causas principais, sobrecarga ou trauma.

- A alta intensidade do esporte e as mudanças repentinas de movimento são alguns dos motivos para a maior frequência de lesões. Ainda, os problemas podem ser causados por uma forte colisão, por um tombo, por tentar evitar uma queda ou por manter o pé em uma posição enquanto o resto do corpo rotaciona - explica o especialista.

Lesões mais comuns aos jogadores de futebol
– Ligamento cruzado anterior (LCA) – ocorre quando há ruptura desse que é o ligamento mais importante do joelho. Requer cirurgia para o tratamento e pode afastar o jogador de 6 meses a 1 ano.

– Ligamento colateral medial – um dos responsáveis por evitar que o joelho se mexa muito para os lados, costuma sofrer uma distensão simples, que pode ser tratada entre 4 e 8 semanas, sem necessidade de cirurgia.

– Rompimento do menisco – o menisco é uma estrutura fibrocartilaginosa que atua como um amortecedor, evitando o atrito entre o fêmur (osso da coxa) e a tíbia (osso maior da parte inferior da perna). Seu rompimento não impede que o atleta jogue, mas compromete a performance e agilidade. O tratamento dura entre 1 e 4 semanas e pode ser feito através de artroscopia (cirurgia pouco invasiva).

– Deslocamento da rótula – apesar de menos comum que as anteriores, ocorre quando esse osso, que cobre o joelho, sai do lugar. É mais frequente em atletas jovens, principalmente mulheres. O tratamento é variável, podendo envolver fisioterapia, imobilização ou cirurgia, dependendo de vários fatores.

Após uma lesão, como as listadas acima, o jogador pode ser afastado de 1 semana a até 1 ano, dependendo do tipo e da gravidade. Ainda de acordo com o médico, graças ao desenvolvimento das técnicas e do conhecimento sobre a articulação, atualmente, é possível o retorno aos gramados de grande maioria dos atletas, sem que seja necessário “pendurar as chuteiras”.

- Antigamente, era mais comum do que hoje o afastamento completo do atleta por causa de uma lesão grave no joelho. Hoje, as lesões graves continuam acontecendo, mas os tratamentos são muito mais modernos para todos os tipos de lesão, e conseguimos, de modo satisfatório, que o jogador retome a sua atividade. Infelizmente, muitas vezes, as lesões durante os jogos não podem ser prevenidas. Porém, com uma musculatura glútea e da coxa mais fortalecidas, há menor probabilidade de trauma, uma vez que a musculatura é uma barreira de proteção ao movimento brusco - finaliza o médico.

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