Stévia rebaudiana é uma planta originária da América do Sul, cujas folhas possuem sabor muito doce. Começou a ser consumida há mais de 200 anos pelos povos indígenas para adoçar ou simplesmente saboreá-las. Foi a partir daí que começaram a entender que ela poderia se tornar um dulcificante.
De acordo com o Pure Circle Stevia Institute, a planta foi estudada comercialmente como adoçante pela primeira vez no Japão, na década de 1970, e até hoje é um ingrediente apreciado e consumido no país. Por não conter carboidratos, não afeta os níveis de açúcar no sangue ou insulina e não contribui para a carga glicêmica.
Diversos componentes com nomes complexos trazem dulçor para a stévia, a exemplo dos glicosídeos chamados rebaudiosídeos e esteviosídeos. Apesar de doce, o steviosídeo é responsável pelo típico sabor amargo final da stévia. Já o rebaudiosídeo, além de bem mais doce, quase não possui amargor.
Uma pesquisa publicada no International Journal of Food Science and Technology confirmou que durante o processo de extração e purificação do extrato da estévia, os glicosídeos de esteviol não sofrem alterações. O que torna o produto seguro para o uso de crianças, grávidas, diabéticos e da população em geral.
De acordo com a nutricionista e consultora científica da A Tal da Castanha, Alessandra Luglio, a stévia utilizada na produção de produtos alimentícios atuais são as chamadas de última geração. Além de natural, é uma combinação entre os ativos de maior dulçor, sem amargor e zero caloria.
“É uma excelente opção para quem precisa manter uma dieta hipocalórica ou simplesmente não quer ingerir calorias vazias. A diferença entre consumir uma bebida adoçada com açúcar e uma com stévia é o teor calórico dela. Pois, qualquer bebida adoçada com açúcar convencional, mesmo sendo orgânico e não refinado, tem calorias”, revela.
Controle do peso x valor nutritivo
Alessandra lembra que substituir o açúcar por alimentos com baixo teor calórico feitos com adoçantes como a estévia e o eritritol, por exemplo, tem influência direta no controle do peso. Mas ressalta sobre a importância em escolher uma bebida que combine a redução de açúcar e valor nutritivo.
“Muitas vezes, a estévia pode aparecer combinada com açúcares ou outros carboidratos simples, por isso é preciso estar atento e verificar sempre a lista de ingredientes e nutrientes do produto. Uma bebida vegetal como o Choconuts Zero, por exemplo, feito com ingredientes orgânicos e livre de aditivos artificiais, tem ação antioxidante, cardioprotetora e anti-inflamatória. Isso torna o alimento excelente para ser consumido diariamente, beneficiando o organismo”, destaca.
Ainda de acordo com o Stevia Institute, entre 2008 e 2017, o número de novos produtos contendo estévia aumentou em 25%. Já são mais de 14.500 produtos alimentícios e bebidas em todo o mundo, incluindo chás, refrigerantes, sucos, iogurte, leite de soja, barras de cereais, goma de mascar, molhos para salada, confeitos e adoçante de mesa.