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À espera de Ancelotti, Seleção Brasileira terá seu maior número de jogos com um técnico interino

Nunca na história da Amarelinha houve uma quantidade tão grande de partidas sem um treinador efetivo no comando do time

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imagem cameraRamon Menezes pode completar mais de dez jogos como interino da Seleção Brasileira (Foto: Joilson Marconne / CBF)
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São Paulo (SP)
Dia 20/06/2023
05:57
Atualizado em 20/06/2023
00:39

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A CBF tem acordo para Carlo Ancelotti dirigir a Seleção Brasileira neste ciclo de Copa do Mundo, mas ele ainda não vai assumir o comando do time. Com isso, a tendência é que a Amarelinha seja treinada por um técnico interino até, no mínimo, a Copa América de 2024. Esse período de jogos sem um comandante efetivado será o maior da história da Seleção.

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Nunca na história da Canarinho houve tamanha quantidade de partidas sem um treinador definido. Obviamente em alguns momentos houve a necessidade de colocar um nome provisório na transição de um para o outro técnico, mas mesmo assim isso é extremamente raro. Além de Ramon, podemos citar dois nomes que foram, de fato, interinos: Ernesto Paulo, no início dos anos 90 e Candinho, no fim da mesma década.

Ernesto foi quem inaugurou a função de interino na Seleção. Foi ele o escolhido para assumir o time após a demissão de Paulo Roberto Falcão, em 1991. Mas sua estadia no banco de reservas da Amarelinho foi de apenas um jogo, em setembro daquele ano, contra País de Gales, derrota por 1 a 0. Na partida seguinte, o comando já foi de Carlos Alberto Parreira, que cerca de três anos depois levaria o Brasil ao tetracampeonato.

Candinho, por sua vez, era auxiliar de Vanderlei Luxemburgo, que havia sido demitido do cargo em setembro de 2000. Sem um treinador contratado para suprir a vaga aberta, ele foi o escolhido para dirigir a partida contra a Venezuela, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2002. Vitória por 6 a 0, que finalizou o ciclo de Candinho na função. No jogo seguinte, Emerson Leão já assumiria a comissão técnica.

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Outros técnicos que não eram efetivados chegaram a comandar a Seleção em outras oportunidades, mas sempre enquanto já havia alguém contratado no cargo. As razões para essas ocasiões são as mais distintas, como amistosos com seleções regionais, ou com clubes representando a amarelinha, ou até pela impossibilidade de o dono do cargo estar na partida (suspensão ou punição).

Se Ramon permanecer no cargo até a possível chegada de Carlo Ancelotti, ele pode fazer um total de 13 jogos à frente da Seleção Brasileira. Seriam três amistosos neste semestre (Marrocos, Guiné e Senegal), seis jogos pelas Eliminatórias (Bolívia, Peru, Venezuela, Uruguai, Colômbia e Argentina), mais dois amistosos em março (adversários a definir) e mais dois amistosos em junho antes da Copa América.

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Para esses compromissos de junho, a expectativa é de que o novo treinador já possa estar trabalhando. De qualquer jeito, seriam 11 jogos sob o comando de Ramon, algo que dificilmente será batido na história do selecionado nacional brasileiro, tanto no período sem um técnico efetivo, quanto no número de jogos que esse profissional ficou no cargo provisoriamente.

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