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Do acolhimento da Seleção Brasileira à sucessão de emoções: a noite de Tite no Beira-Rio

Treinador recebe abraço simbólico do grupo na comemoração do gol da vitória por 2 a 0 do Brasil sobre o Equador e aumenta incerteza sobre seu futuro no comando da Seleção

Brasil x Equador - abraço em Tite
Tite é cercado por seus comandados após gol de Richarlison (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)

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A correria de Richarlison até se juntar aos seus companheiros e comemorar seu gol pela Seleção Brasileira no abraço ao técnico Tite, indicou que a vitória por 2 a 0 sobre o Equador ganhou outra dimensão. Por mais que a luta tenha sido a mesma das outras partidas na busca pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022, não houve clima para o "Pombo" alçar voo em uma celebração. E sim para aumentar o tom de união com Tite em um momento conturbado.

A CBF lida com uma crise interna que teve grave desdobramento às vésperas da partida válida pela sétima rodada da competição. Os jogadores da Seleção estão a poucos dias de externar a opinião em torno da Copa América marcada para o Brasil, como disse o volante Casemiro. Mas ficou inegável o quanto há sintonia do grupo com Tite.

DO CUMPRIMENTO DE CABOCLO A MUITO A DIZER: TITE NO BEIRA-RIO

Brasil x Equador
'Aumenta a agressividade, não muda o modelo de jogo': Tite, ao instruir Gabriel Jesus antes de entrar em campo (SILVIO AVILA / AFP

Enquanto isso, Tite partia para mais um ritual de comandar a Seleção Brasileira em campo. Já na beira do campo, no decorrer do aquecimento dos jogadores no Beira-Rio, o treinador viu Rogério Caboclo se aproximar. O mandatário se juntou a ele, ao coordenador de Seleções, Juninho Paulista, de Clodoaldo, campeão da Copa de 1970 e chefe da delegação, e do campeão das Copas de 1994 e 2002, Cafu. Após minutos de conversa, o comandante canarinho se despediu de todos. Chamou atenção um fato inusitado: Caboclo cumprimentou Tite cabeça com cabeça.

Ao ver o Brasil penar para se desvencilhar do bloqueio imposto pelo Equador desde a saída de bola, o treinador buscou outras saídas. Primeiro ao alternar posições no meio e no ataque, principalmente para encontrar outra saída além de Neymar. Na etapa final, a opção foi recorrer aos jogadores vindos do banco. 

- Aumentar agressividade, não mudar o modelo de jogo - captou o som da Rede Globo quando o técnico passava instruções para Gabriel Jesus, lançado no lugar de Fred.

O camisa 9 deixou a Seleção mais incisiva ao atacar e a abertura do placar veio três minutos depois. Em jogada iniciada por Paquetá, Neymar esticou até Richarlison, que completou para a rede. Os gols não chegaram a vir na mesma proporção das oportunidades, mas a sensação de que driblou mais um caminho rondou Tite.

- Crescemos no fim do primeiro tempo e depois fomos crescendo ao longo do segundo. O ritmo imposto pelo Equador tu não consegue fazer marcação alta 90 minutos, então eles foram abrindo espaço e tivemos entradas boas dos atletas, todos deram contribuição para vencermos - declarou. 

Além de se garantir "em paz" consigo, o treinador apontou para campo a alegria ao cercá-lo com a comemoração do campo.

- A alegria de 15 pontos em cinco jogos! Depois de sete meses sem jogar, de reunir atletas que vêm de fora, vêm de final de Champions (League), dois dias de viagem, um cenário desafiador nosso na montagem da equipe. Cara, tem muito de trabalho por trás que é importante - desabafou.

Na próxima terça-feira, a Seleção enfrenta o Paraguai, no Defensores del Chaco. Enquanto despista sobre seu futuro, o treinador canarinho recorre a uma frase para fazer um apelo aos seus convocados.

- Joga bola!

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