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Marcio Dolzan
Brasília (DF)
Dia 21/03/2025
08:45
Atualizado há 1 minutos
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Três minutos de jogo do Brasil com a Colômbia e Raphinha, desde já um dos cotados para a próxima Bola de Ouro, dá passe magistral para Vini Jr, o atual melhor jogador do mundo pela Fifa. Sem muito recurso, resta ao zagueiro adversário cometer pênalti. Na cobrança, Raphinha tira o goleiro da foto e abre o marcador no Mané Garrincha.

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Pelo flanco direito corre Rodrygo, que alguns ousam dizer se tratar do jogador mais importante do Real Madrid. No círculo central, conduz a bola de cabeça erguida Bruno Guimarães, capitão do Newcastle campeão da Copa da Liga Inglesa. No gol, Alisson, ídolo do Liverpool e dono da camisa 1 da Seleção há quase uma década.

Aí você olha para o banco e vê Endrick e Estêvão como opções. E pensa que, daqui a alguns meses, terá ainda Neymar no time.

Jogar a culpa pela falta de bons resultados e, sobretudo, de bom futebol na “safra ruim” se tornou um clichê no Brasil na última década. Até houve um momento em que a Seleção foi formada por jogadores que não eram protagonistas em seus clubes, mas isso foi no período anterior à Copa do Mundo da Rússia, em 2018. Hoje a realidade é diferente.

O que falta à Seleção Brasileira é conseguir jogar como time. E, mais do que isso, conseguir jogar como time por mais de dez minutos.

Inconstância do Brasil se repete diante da Colômbia

O Brasil pontua aos trancos e barrancos nesta edição das Eliminatórias porque é inconstante. Inicia bem os jogos, sufoca os adversários, marca gol e dá a entender que vencerá fácil. Mas logo esmorece, recua, falha na marcação e cede o empate. O jogo com a Colômbia foi o exemplo mais cristalino disso, mas já tinha sido assim diante do Uruguai, na rodada anterior.

E nem dá para dizer que o time não é bem treinado. Porque, quando está disposto, o Brasil demonstra entrosamento, compactação e saída rápida para o ataque. E isso mesmo que Dorival Júnior tenha só dois treinos antes do primeiro jogo, ou meia-dúzia em toda a rodada das Eliminatórias.

O gol de Vini Jr. aos 53 minutos do segundo tempo colocou o Brasil na próxima Copa do Mundo — o que falta para oficializar é uma questão meramente protocolar. A safra é boa. Ruim é ver que ainda é mal aproveitada.

Brasil de Raphinha e Rodrygo bateu a Colômbia, mas não conseguiu empolgar (Foto: Sergio Lima/AFP)
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