Muita gente argumentou a favor da tese que diz que a Seleção Brasileira não precisa de Neymar, ou que joga melhor sem ele. A goleada sobre a Coreia do Sul, nesta segunda-feira, já colocou tudo isso como "furada". Bastou o camisa 10 jogar um pouco do que pode para mostrar que ele é essencial para o time de Tite e vai continuar sendo assim.
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Ele precisou de dez dias para se recuperar de uma lesão no ligamento do tornozelo direito e estar minimamente em condições de entrar em campo para um mata-mata de Copa. Quem viu o jogo, notou que ele não estava com 100% de suas capacidades físicas. E dificilmente cobraríamos mais do que isso de quem achávamos que nem mais jogaria.
Foram 85 minutos jogados, somando os acréscimos do primeiro tempo, período em que ele não foi genial como é, mas atraiu a marcação adversária em todas as jogadas que colocou o pé, tanto no setor defensivo, quanto passando do meio-campo. Por vezes até três sul-coreanos dedicavam sua atenção ao camisa 10 da Seleção Brasileira.
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Isso foi fundamental para que outros jogadores pudessem ter liberdade de chegar no ataque e fazerem a diferença, como aconteceu com Lucas Paquetá, com Vini Jr., com Raphinha e até com Richarlison. Que outro jogador desse elenco atrairia tanta atenção? Nenhum e nem precisamos fazer qualquer comparação, porque ela não existe.
Neymar não precisou estar 100% para fazer esse estrago em um sistema defensivo adversário. Apesar de algumas vezes abusar de segurar a bola, ficou nítido que ele se poupou de algumas jogadas e investiu nos movimentos sem a posse, ou com toques rápidos, acionando seus companheiros. Foi inteligente, fez aquilo que precisava dele.
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Com mais alguns dias para recuperar a lesão e para treinar com os companheiros, a tendência é que iremos ver uma versão ainda melhor de Neymar contra a Croácia, na próxima sexta-feira, pelas quartas de final da Copa do Mundo. Mais uma vez, a presença do camisa 10 será fundamental e é bom que esqueçamos essa falácia de estar melhor sem ele. O campo não mente, o campo só responde: nesta segunda-feira ele foi claro.