ANÁLISE: Seleção de Diniz joga mal, dá vexame e concede margem para quem clama por Ancelotti

Brasil teve atuação muito aquém do que se espera de um time que enfrenta a Venezuela

imagem cameraSeleção Brasileira mostrou que ainda falta muito para se adaptar ao 'Dinizismo' (Foto: Vitor Silva/CBF)
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Alexandre Guariglia
São Paulo (SP)
Dia 13/10/2023
07:00
Atualizado em 13/10/2023
11:15
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A Seleção Brasileira conseguiu a proeza de empatar com a Venezuela, jogando em casa, mesmo tendo aberto o placar e ficado em vantagem por quase todo o segundo tempo. "Parecia impossível, mas ela foi lá e fez". Esse é o sentimento do torcedor que presenciou o resultado ruim do Brasil pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. Mas quem viu a partida sabe que a atuação foi muito longe da aceitável e o adversário mereceu o empate. O vexame dá margem para quem acha que Fernando Diniz não está preparado para o cargo e quer logo Carlo Ancelotti.

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O time, sem dúvidas, preza pela posse de bola. Isso é uma marca do técnico e parece que foi logo assimilada. O jogo aproximado, as tabelas curtas, a concentração de jogadores em um lado do campo... Tudo isso é visto e tem o carimbo do "Dinizismo", mas é claro que ainda falta muito para os jogadores se adaptarem a algo tão diferente e que carece de entrosamento.

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E há algo que parece muito longe do ideal: a recuperação de bola. Jogar da forma com a qual Diniz gosta de ver futebol, os atletas precisam de intensidade tanto na posse de bola quanto na retomada dela. Mas o que se viu em Cuiabá foi uma equipe que não tinha o mínimo poder de recuperação de bola. A Venezuela passava fácil pela organização defensiva e trocava passes sem ser incomodada. Jogou livre.

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Além disso, não foi incomum vermos contra-ataques venezuelanos com superioridade numérica em cima da defesa brasileira. Os jogadores da frente não voltavam para marcar ou para retomar a posse de bola. No futebol de Diniz ou em qualquer outro estilo da atualidade, isso é inaceitável. Não há como ter esse "vão" enorme entre os setores. O equilíbrio não exisitiu.

Fernando Diniz não acertou a mão para o jogo do Brasil contra a Venezuela (Foto: Nelson Almeida/AFP)

É possível diagnosticar que o meio-campo não seja "pegador", ou seja, não tem jogadores que tenham como especialidade o "perde e pressiona". Casemiro e Bruno Guimarães até fazem isso, mas são mais construtores do que qualquer coisa. Neymar, que completa o trio de meio, é um atacante e não marca. Para completar, os laterais e os pontas ficam abertos, deixando a dupla de volantes com "bomba".

O calor pode até ter ajudado nessa falta de intensidade e potencializado o cansaço, mas o Brasil jogou muito mal. Pareceu um time que sabe jogar com a posse e não sabe jogar sem ela. Isso não é perdoado nem pelas mais fracas das seleções, como fez a Venezuela, que jogou bem, foi firme, equilibrada e mereceu o empate.

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Sem apresentar resultado com uma das "azaronas" das Eliminatórias, Diniz acaba perdendo pontos com aqueles que davam força para sua estadia até a suposta chegada de Carlo Ancelotti. O coro pró-Dinizismo vê seu poder diminuir, enquanto os adeptos da vinda do italiano ganham espaço para declarar que a Seleção Brasileira só vai ter jeito com ele. E olha que o jogo de quinta-feira (12) nos fez pensar exatamente isso.

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