Faz quase um ano desde a Copa América-2021, período em que a Seleção Brasileira talvez tenha passado por seu pior momento técnico na "Era Tite" e com sinais de que não evoluiria. No entanto, com novas peças testadas e um potencial ofensivo maior, a equipe de Tite definitivamente melhorou e dá novas esperanças ao torcedor, mas ainda é cedo para projetar qualquer situação para a Copa do Mundo, que será peculiar por estar no meio da temporada europeia.
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Quem assistir aos jogos da Copa América do ano passado e olhar o que a Seleção tem jogado de lá para cá, vai notar a enorme diferença. Não foi preciso trocar de técnico, nem jogar todo mundo fora. A impressão é de que houve um aperfeiçoamento no setor de criação e ataque da equipe, e que os novos jogadores incorporados como Raphinha acabaram renovando o gás e o repertório da Amarelinha.
Para não ser injusto, vale destacar o entrosamento pelo lado esquerdo com Neymar e Paquetá, além dos "resgastes" de Coutinho e Richarlison. Mas não custa acrescentar a importância dos "coadjuvantes", como Alex Sandro, que entrega tanto defensivamente, quanto complementa as necessidades ofensivas.
Hoje, a estrutura do time parece bem desenhada e deve mudar muito pouco para a Copa do Mundo. Daniel Alves, Marquinhos, Thiago Silva e Alex Sandro estão praticamente garantidos como quarteto atrás. No meio, é possível que as alterações aconteçam de acordo com o jogo, mas é difícil não pensar em Casemiro, Fred e Lucas Paquetá. No ataque, Raphinha e Neymar ainda aguardam o terceiro homem.
Com o que tem feito, Richarlison parece sair na frente na disputa, mas talvez seja a posição/função que mais cause dúvidas no torcedor e na própria comissão técnica. Matheus Cunha? Gabriel Jesus? Vini Jr.? Cada um com a sua característica "briga" por essa vaga. Se Vini entrar, é bem provável que Ney flutue pelo meio, com mais liberdade e menos preso na esquerda. Já Jesus cumpriria um papel mais tático, ajudando na recomposição. E Cunha jogaria na referência, como 9.
A questão é que ainda há muita coisa para acontecer antes da Copa do Mundo. Além das possíveis lesões e problemas físicos, que podem tirar jogadores da competição, há praticamente metade de uma temporada europeia a ser disputada, que vai acabar determinando as condições e fases dos atletas no mundial, que será disputado apenas uma semana depois da liberação dos compromissos com os clubes.
Que o Brasil chegará mais forte do que parecia há um ano, isso ninguém tem dúvida. O problema é prever como a Seleção estará daqui menos de seis meses. Por isso, por mais promissor que seja o momento da equipe de Tite, as respostas somente serão dadas às vésperas da Copa do Mundo, ou até mesmo durante a competição.